Somente na semana que vem a Comarca de Rio Branco do Sul, região metropolitana de Curitiba, deverá emitir um parecer sobre o pedido de revogação da prisão de Josiane Portes de Barros Ruts, ex-mulher do prefeito de Rio Branco do Sul, Adel Ruts, que foi assassinado em 1º de março. Ela está presa desde o dia 4, acusada de ser a mandante do crime, mas alega inocência.

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Nesta sexta-feira (19), o advogado dela, Elias Matar Assad, teve acesso ao processo e ao depoimento que Josiane havia prestado ao Ministério Público (MP) no dia 10 de março. Por volta das 17h45 desta sexta, Assad informou que ainda não havia analisado os autos, mas acrescentou que na segunda-feira (22) vai apresentar sua manifestação. Após isso, a defesa aguardará parecer da juíza Adriana Benini. Se a magistrada negar a revogação da prisão, o advogado pretende ingressar com pedido de habeas-corpus junto ao Tribunal de Justiça do Paraná.

O pedido de revogação da prisão foi protocolado pela defesa de Josiane no dia 11 de março. No dia anterior, no depoimento ao MP, ela voltou a negar participação no crime e acrescentou que Adel Ruts vinha sofrendo ameaças. Além disso, os advogados argumentam que a acusada é ré primária e que tem residência fixa. Na internet, circula um vídeo gravado por Assad, em que Josiane se defende das acusações.

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O crime

De acordo com a versão oficial da Polícia, por volta das 20 horas do dia 1º de março, Adel Ruts foi abordado por dois motociclistas, enquanto chegava em casa, no Centro de Rio Branco do Sul. Ele foi atingido por cinco tiros. Os disparos teriam sido efetuados por Fábio Faria e Daniel Santos, que estariam na mesma moto. Os dois contavam com a cobertura de Selmo dos Santos, que acompanhava a ação criminosa em outra motocicleta.

Para a Polícia, Josiane foi a mandante do crime e o grupo receberia R$ 25 mil pela execução, dos quais R$ 15 mil já teriam sido pagos pela acusada. Faria teria confessado o crime e teria reconhecido Josiane, mas posteriormente mudou seu depoimento.