Ex-prefeito da Lapa, município da região metropolitana de Curitiba, Paulo Furiati (PMDB), teve pedido de liberdade acatado pela justiça nesta terça-feira (29)| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

Operação Quadro Negro

No mesmo dia em que o desembargador concedeu liberdade ao ex-prefeito da Lapa, Paulo Furiati, o Juízo Criminal do município acatou a denúncia protocolada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Promotoria de Justiça da Lapa, contra nove pessoas, entre elas o ex-prefeito e servidores municipais, por suspeitas de fraudes em licitações na área da educação.

Entre as acusações estão formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e fraude em licitações. Os promotores sustentam que empresários de institutos de educação aliciavam prefeituras, oferecendo serviços como consultoria e pesquisas. A licitação seria direcionada a essas empresas, a preços acima dos praticados no mercado.

A reportagem entrou em contato com o atual advogado de defesa de Furiati, Claudio Dalledone Junior, que informou que ainda não tinha conhecimento sobre o fato e preferiu não se pronunciar a imprensa.

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O ex-prefeito da Lapa Paulo Furiati (PMDB), suspeito de desviar recursos da educação durante sua gestão no município, teve seu pedido de prisão preventiva revogado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) nesta terça-feira (29). O desembargador José Carlos Dalacqua, que havia negado o primeiro pedido de habeas corpus ao político, estabeleceu fiança de R$ 27.120 (quarenta salários mínimos) para que ele seja solto.

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Segundo o atual advogado de defesa de Furiati, Claudio Dalledone Junior, a fiança foi paga e ele deixou a Cela Especial do Centro de Triagem II de Piraquara, região metropolitana de Curitiba, por volta das 16 horas desta quarta-feira (30). A reportagem tentou contato com a penitenciária para confirmar a informação, mas ninguém atendeu aos telefonemas.

Além da fiança, outras medidas foram impostas para que Furiati permaneça em liberdade, como a proibição de entrada do ex-prefeito na prefeitura, evitando que ele tenha acesso a documentos relativos a contratos firmados durante sua gestão – que são alvos de apuração judicial.

Furiati, que terá seus meios de comunicação (como telefone) monitorados, está proibido ainda de manter contato com outros investigados da Operação Quadro Negro, que resultou na prisão dele e de outros oito suspeitos de desviarem recursos da educação no município da região metropolitana. Além disso, o político da Lapa não pode deixar a comarca por mais de sete dias sem comunicação e autorização da Justiça.

Prisão

O político estava preso desde o último dia 11 de janeiro, quando foi conduzido para uma cela especial no Quartel da Polícia Militar da Lapa. No dia 15, Furiati foi transferido para uma cela especial em Piraquara, e no dia 16 a Justiça negou o primeiro pedido de Habeas Corpus impetrado pelo então defensor Elias Mattar Assad, que deixou a defesa do caso no dia 18 de janeiro.

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