Assista ao vídeo da abertura da XXI Conferência Nacional dos Advogados
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Na sessão solene de abertura da 21ª Conferência Nacional dos Advogados, da qual participou o governador do estado do Paraná, Beto Richa, os presidentes da OAB nacional, Ophir Cavalcante, e da OAB Paraná, José Lúcio Glomb, falaram das necessárias mudanças pelas quais o Brasil precisa passar. Segundo eles, no campo político, a mais urgente delas é a reforma política ampla e irrestrita. Os painéis começaram nesta segunda-feira (21), em Curitiba.
A plateia do Teatro Positivo, lotado, aplaudiu quando Cavalcante afirmou que a corrupção não é mais endêmica no Brasil, mas sim institucional, tornando-se presente em todas as esferas de poder. "Não podemos simplesmente ignorá-la, mas antes buscarmos nosso espaço, sob pena de deixarmos nosso papel de vanguarda. Se pensam os governantes de plantão que essa corrupção está a protegê-los, esta é a capa de uma democracia corroída por dentro." Segundo ele, é urgente uma reforma política para combater esse mal, pois ela é a mãe de todas as reformas.
Cavalcante ressaltou a importância da Lei da Ficha Limpa e o papel dos advogados para que ela seja aplicada o quanto antes. "A sociedade deu um passo a partir da Lei da Ficha Limpa, cuja constitucionalidade a OAB busca no STF. Essa é uma das maiores armas que a advocacia brasileira tem para contribuir para a efetiva democratização em nosso país."
Cobrança
José Lucio Glomb também cobrou a realização de uma reforma política ampla e completa. Segundo ele, o caso dos Diários Secretos da Assembleia Legislativa do Paraná, revelado pela Gazeta do Povo e pela RPCTV, demonstra a necessidade dessa reforma. "É hora de mudar. Precisamos de um Legislativo forte, para que cumpra seu papel fundamental. Avalio com é difícil para o bom parlamentar suportar a avalanche de críticas que recai sobre o Poder que representa."
O presidente da OAB-PR ainda ressaltou a importância da liberdade de imprensa. "É fundamental preservar as garantias individuais com a vigência de instrumentos legais e o direito irrestrito ao livre pensar. Controlar os meios de comunicação significa implantar a censura por vias oblíquas. E sabemos como a censura custa caro para a população que tem todo do direito de se informar, de ser informada, de informar." Para Glomb, quem deve apreciar os possíveis excessos e abusos cometidos pela imprensa é o Judiciário, e de forma independente.