A Justiça do Distrito Federal decidiu nesta quinta-feira (21) manter preso o contraventor Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar um esquema de jogo ilegal e corrupção de agentes públicos. O contraventor está detido desde o dia 29 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
A ação policial investigou o empresário e esbarrou em suas relações políticas --levando a uma série de outros procedimentos, como a CPI do Cachoeira e o processo contra o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO) no Conselho de Ética do Senado, que pode levar à cassação do seu mandato.
A ordem de prisão contra Cachoeira derivada da Monte Carlo foi derrubada pela Justiça Federal na semana passada. Mas ele não foi libertado pois já havia outra ordem, gerada por outra operação policial, a Saint Michel, que investiga supostas atividades de Cachoeira no governo do Distrito Federal.
Na decisão desta quinta, os magistrados consideraram que o empresário, uma vez solto, poderia influir nas investigações contra si, que ainda estão em curso.Cachoeira compareceu a depoimento marcado pela CPI que investiga suas relações com políticos e empresários. Contudo, não respondeu às perguntas feitas pelos parlamentares, usando do direito constitucional de permanecer calado e não produzir provas contra si.
Na época, afirmou que poderia voltar à comissão futuramente, depois que prestasse depoimento em juízo, no processo movido contra ele pela Justiça Federal de Goiás. A audiência, no entanto, ainda não aconteceu.
O pedido de soltura se refere à Operação Saint-Michel da Polícia Civil do DF, que desbaratou um esquema de fraudes de licitação da bilhetagem eletrônica no transporte público do DF.
Na semana passada, o desembargador federal Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª região havia concedido liberdade a Cachoeira em um pedido relacionado à Operação Monte Carlo, que investiga indícios de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal. Mas ele continuou preso por conta do decreto de prisão relativo à Operação Saint-Michel.
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