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A Justiça estadual revogou a prisão preventiva de Paulo Roberto de Souza Jamur, filho do prefeito de Guaratuba, no Litoral do estado, Miguel Jamur (PT do B). Ele é acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de estelionato por ter emitido cheques sem fundos em nome da prefeitura . Paulo Jamur era secretário municipal de Finanças e do Planejamento do município e foi exonerado do cargo depois do pedido de prisão.

Na decisão, a juíza da vara criminal do município, Marisa de Freitas, a mesma que determinou a prisão, explica que a prisão preventiva visa impedir que o acusado atrapalhe a produção de provas, ameaçando testemunhas, apagando vestígios do crime ou destruindo documentos. Como ele foi exonerado do cargo não haveria mais motivos para permanecer detido. "O acusado foi exonerado do cargo de secretário Municipal de Finanças e Planejamento, não detendo, mais, portanto, o poder de gerir as contas do município", relata a juíza.

A prisão preventiva de Paulo Jamur foi decretada na terça-feira (11) a pedido do promotor Rui Riquelme Macedo, que apura a falta de pagamento dos funcionários do município e a emissão de cheques sem fundo pela prefeitura. Na segunda-feira (10), os 350 professores da rede municipal fizeram uma paralisação em protesto pelo atraso no pagamento dos salários. Os cinco mil estudantes do ensino fundamental ficaram sem aula.

Afastamento do prefeito

Na terça-feira (18), Justiça determinou também o afastamento do prefeito da cidade por suspeita de irregularidades na gestão do sistema de saúde do município. A prefeitura é acusada pelo Ministério Público (MP) de não repassar verbas do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros (FUNREBOM) e de recursos orçamentários para entidades como: APAE, Santa Casa de Misericórdia, Creche Recanto Paulo VI e Associação de Proteção à Maternidade, à Infância e aos Idosos de Guaratuba (APMI).

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que até por volta das 17 horas desta quarta-feira (19) o prefeito ainda não havia sido notificado oficialmente do afastamento. O advogado do prefeito deve entrar com um recurso no Tribunal de Justiça do Paraná contra a decisão na quinta-feira (20).

Caso o recurso de Miguel Jamur seja negado o vice-prefeito Everson Ambrósio Kravetz é o primeiro na linha de sucessão do cargo. Se ele não assumir, o posto deve ser ocupado pelo presidente da Câmara de Vereadores. Em último caso, o governo do Estado pode decretar uma intervenção na cidade.

Em primeiro de janeiro, a prefeitura de Guaratuba terá um novo administrador, já que Miguel Jamur tentou se reeleger, mas foi derrotado nas eleições municipais de outubro. A prefeita eleita no município é Evani Justus (PSDB).

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