O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, determinou a suspensão por 60 dias de uma ação penal contra os familiares do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, por causa da negociação de acordos de delação premiada.

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A decisão da Justiça Federal no Paraná atende a pedido do Ministério Público Federal, que em dezembro havia informado que os acordos de delação premiada com os parentes de Costa ainda não tinham sido homologados pela Justiça, por isso requereu a suspensão da ação.

São réus na ação as filhas de Costa, Ariana Azevedo Costa Bachmann e Shanni Azevedo Costa Bachmann, e seus genros, Marcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita.

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Eles são acusados de lavagem de dinheiro e da tentativa de destruir provas no dia em que o ex-diretor foi preso pela primeira vez, em março do ano passado.

Os familiares ajudaram Costa a abrir contas para esconder recursos desviados da estatal, segundo um dos depoimentos do executivo no acordo de delação premiada e documentos enviados pelas autoridades da Suíça, onde ele tinha US$ 23 milhões.

A conta na Suíça foi aberta em nome do executivo, de sua mulher e de uma das filhas. Os dois genros assinaram a documentação para criar uma conta no Royal Canadian Bank em Cayman, um paraíso fiscal no Caribe. Essa conta tinha um saldo de US$ 2,8 milhões.

O despacho de Sérgio Moro não deixa claro se os acordos de delação já foram homologados e se os depoimentos já estão em curso. "Intimado a se manifestar, o Ministério Público Federal enfatizou que os acordos de colaboração entre esse órgão e as filhas e genros de Paulo Roberto Costa possivelmente refletirão no presente feito, requerendo a suspensão da presente ação penal por sessenta dias", escreveu o juiz.

A colaboração de seus parentes faz parte do acordo de delação de Costa, já homologado pelo Supremo Tribunal Federal.

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