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O ex-governador do Maranhão Jackson Lago (PDT) está reunido com advogados e assessores desde as 16h30 nesta sexta-feira (17) para decidir se deixa o Palácio dos Leões, residência oficial do governo, segundo sua assessoria de imprensa.

Lago teve o mandato cassado na noite de quinta (16) por abuso de poder econômico durante as eleições de 2006, mas se recusou a deixar o palácio do governo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) analisou recurso de Lago nesta sexta sobre a cassação e manteve a decisão da Justiça Eleitoral. Em entrevista ao G1 no começo da tarde, Lago disse que deixaria o local se o Supremo mandasse.

"Se houver uma decisão do Supremo ou da Assembleia, eu vou respeitar, vou me submeter a esta decisão. Não havendo decisão, eu permanecerei e só sairei à força", afirmou.

A reunião do ex-governador com assessores e advogados começou logo após a decisão do Supremo e não havia terminado até as 17h50 desta sexta. A defesa estuda entrar com outro recurso no STF, mas analisa se há possibilidade legal para isso.

Jackson Lago entrou com recurso no Supremo pedindo, segundo ele, que a Constituição do Maranhão seja cumprida. A lei estadual exige que no caso de vacância do cargo após o terceiro ano do mandato, a Assembleia Legislativa do estado indique o governador. A Assembleia recebeu o pedido, mas não o analisou e empossou Roseana no cargo.

Antes da decisão do STF, Lago havia também descartado qualquer resistência violenta. "Não temos nenhuma arma, a nossa arma é a força das nossas convicções. Quero aproveitar o momento em que o Maranhão foi golpeado para que nossa população reflita na melhor forma de melhorar nossa consciência política."

Posse

Roseana Sarney renunciou ao cargo no Senado e tomou posse nesta sexta. Segundo sua assessoria ela começaria a trabalhar como governadora na segunda-feira (20).

Ao tomar posse, Roseana discursou e afirmou que pretende "reconstruir" o Maranhão e criticou a gestão anterior.

"Chego com consciência de que nosso estado atravessa dias difíceis. Assumo com a certeza de que terei trabalho para superar as dificuldades criadas a através das operações com as finanças (da gestão anterior). Venho com o entusiasmo de sempre para recolocar o Maranhão nos trilhos da legalidade e do desenvolvimento."

Ela afirmou, no entanto, que está com "as mãos estendidas" para não haver conflitos na transição. "O meu amor pelo Maranhão é maior que tudo isso. Trago a todo povo do Maranhão uma mensagem de paz. Trago as mãos estendidas a todos que queiram participar da reconstrução do nosso estado."

Cassação

Na quinta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, por unanimidade, a cassação dos mandatos do governador e do vice Luiz Carlos Porto (PPS). Eles haviam sido cassados no começo de março por abuso de poder político nas eleições de 2006, na qual Roseana foi a segunda colocada.

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