O leilão dos imóveis confiscados do doleiro Alberto Youssef na Operação Lava-Jato ficou 40% abaixo do valor de mercado. As propriedades, avaliadas em R$ 6,9 milhões, foram arrematadas nesta segunda-feira (13) por R$ 4,2 milhões, em Curitiba. Os valores arrecadados deverão ser revertidos aos cofres da Petrobras.
Lava Jato começou no Paraná e já colocou os pés em 13 estados do país
Leia a matéria completaForam arrematados cinco imóveis no Campo de São Cristóvão, no Rio, avaliados inicialmente em R$ 3 milhões — um sobrado e cinco terrenos. Em Salvador, na Bahia, havia nove lotes. Desse total, oito eram cotas de participação do imóvel comercial Connect Smart Hotel (Web Hotel Salvador), no bairro Pituba. O nono lote é uma cota um pouco maior, de 5,23%, no mesmo imóvel. A avaliação inicial era de R$ 418.194,06 e um de R$ 546.788,77, respectivamente. Somados, os lotes vendidos do imóvel arrecadaram R$ 1.853.936,47. Já os cinco do Rio foram arrematados por R$ 2,3 milhões.
Youssef é personagem-chave na Lava-Jato. Despontou como o principal dos quatro doleiros alvos da operação que levou ao esquema de corrupção na Petrobras. Condenado a 122 anos e dois meses de prisão em nove ações da operação, o doleiro já tem data para sair da prisão: 17 de novembro deste ano. Graças à qualidade das informações prestadas à força-tarefa, ele vai cumprir quatro meses a menos da pena mínima prevista no acordo de colaboração premiada, inicialmente de três anos. Youssef foi preso no dia 17 de março de 2014 num hotel em São Luís, no Maranhão. Momentos antes, havia entregado R$ 1,4 milhão em propina da empreiteira UTC a um emissário de João Abreu, secretário da Casa Civil de Roseana Sarney.
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