O Superior Tribunal de Justiça (STJ) retoma nesta quinta-feira o julgamento do hábeas-corpus de Suzane von Richthofen. A defesa da jovem pede que ela aguarde o julgamento em liberdade e que esse benefício seja mantido até que todos os recursos estejam esgotados. Isso significa que, mesmo condenada, Suzane poderá recorrer da sentença em liberdade.- Dependendo da decisão do STJ, o dia 29 de junho pode se tornar o dia nacional da impunidade - afirma o promotor Roberto Tardelli, responsável pela acusação.

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O relator do processo, ministro Nilson Naves, já votou a favor da defesa. Ele justificou seu voto afirmando que faltava fundamentação no último pedido de prisão do Ministério Público, impetrado em abril deste ano. Suzane voltou à prisão no dia 10 de abril, depois de conceder uma entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, em que aparece sendo orientada por seus advogados a chorar.

Depois da veiculação da reportagem, o Ministério Público pediu a prisão alegando que ela poderia tentar fugir do país e que ela representava uma ameaça ao irmão, Andreas von Richthofen, com quem disputa a herança da família. O pedido de prisão foi concedido em primeira instância, mas revogado por Naves que afirmou que a prisão era repetida, descumpria decisão anterior do STJ e que Suzane já passou tempo demais na prisão sem ter sido julgada.

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Nesta quinta, devem votar o ministro Hamilton Carvalhido e Paulo Medina. Carvalhido suspendeu o julgamento anterior do hábeas-corpus ao pedir vista do processo. Mesmo que ele acompanhe o voto do relator, a decisão só poderá ser homologada depois do voto de Medina, que também pode pedir vista do processo.

Suzane aguarda essa decisão em prisão domiciliar. Nesta terça-feira, o juiz Alberto Anderson Filho autorizou uma nova mudança de endereço de Suzane - é o quarto desde que ela conseguiu o benefício da prisão domiciliar, no final de maio. Ela já foi tranferida do apartamento em que estava, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo, para um novo endereço na própria capital paulista, mantido em sigilo pela Justiça por motivo de segurança.

Os promotores do caso acreditam que só o STJ pode evitar manobras dos advogados para postergar o julgamento.

Com a aproximação da data do julgamento, marcado para o dia 17 de julho, os advogados de defesa dos irmãos Cravinhos e de Suzane iniciaram uma verdadeira guerra para coonvencer os jurados.

Suzane e o irmão Andreas também travam uma batalha pela herança da família. Os advogados de Suzane pediram à Justiça quen ela passasse a ser a administradora dos bens, mas o pedido foi negado. Andreas foi mantido como inventariante.

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