O líder do governo Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), apresentou na tarde desta segunda-feira (10) pedido para que o plenário seja transformado em "comissão geral" na terça-feira (10). Com isso, os dois projetos do pacote fiscal enviado pelo governador na semana passada poderão ser votados no regime conhecido como "tratoraço" - rapidamente, e sem ter de passar pelas várias comissões da Casa.
O requerimento foi assinado por Romanelli e mais 19 deputados estaduais, de um total de 54 parlamentares. Protocolado na mesa diretora, o requerimento precisa no início da sessão desta terça-feira. Caso o governo consiga a aprovação do regime de comissão geral, já na terça o plenário ganha poderes para votar tudo de uma vez só, "pulando" a análise das comissões.
O pacote de medidas do governo prevê vários ajustes de aumento de receitas e de diminuição de despesas. A parte do corte de gastos causou grande polêmica e levou os professores da rede pública de ensino a decretar uma greve que adiou o início do ano letivo nesta segunda-feira.
O pacote prevê, por exemplo, que 12 mil professores serão remanejados de funções administrativas para voltar às salas de aula; corte de auxílio-transporte para professores em férias ou afastados; necessidade de perícia para afastamento por atestado médico, mesmo que por um único dia; fim dos quinquênios; e teto para aposentadoria de R$ 4,6 mil.
Os deputados teria pressionado o governo a recuar em alguns dos pontos. É dado como certo que o governo desistirá do fim dos quinquênios e das mudanças nas regras das promoções dos professores.
Nesta segunda, centenas de manifestantes foram à Assembleia protestar contra a provável aprovação das propostas.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares