O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta (1) que a oposição quer ganhar o Senado "no tapetão", em referência às pressões de senadores para que o presidente José Sarney (PMDB-AP) deixe a Presidência em razão da crise política que atinge a Casa.
É importante para o DEM e PSDB, que querem que ele [Sarney] se afaste para o Marconi Perillo (senador pelo PSDB-GO e primeiro vice-presidente do Senado) assumir, o que não é nenhuma vantagem para ninguém. A única vantagem é para o Marconi Perillo e para o PSDB, ou seja, que quer ganhar o Senado no tapetão. Assim não é possível. Isso não faz parte do jogo democrático", declarou o presidente.
Lula fez a declaração em Sirte, na Líbia, onde participou da cerimônia de abertura da Cúpula da União Africana.
Por meio da assessoria do partido, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), rebateu.
"O presidente Lula devia saber que estamos fazendo todo o esforço possível para encontrar uma solução para o Senado. Os senadores do PT sabem disso. Afirmar que o PSDB quer assumir é uma profunda injustiça. O senador Marconi Perillo poderá assumir em prazo muito curto na hipótese de Sarney se afastar. Não é plausível sua afirmação. Um presidente da República não pode viver eternamente em cima de um palanque. Sua afirmação não tem nenhum cabimento", afirmou Guerra.
"Talvez o presidente esteja pensando como os que ele tem defendido, que não tem sido sistemas democráticos, como a Venezuela e o Irã.Talvez contaminado por essa defesa dos dois, ele esteja achando que seus adversários estejam com as mesmas preocupações. Não estamos. A nossa preocupação na reunião da bancada do Senado foi apenas uma posição do partido para que se possa ter uma luz no fim do túnel em relação a essa crise", disse o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), ao G1. Nesta quarta, José Sarney perdeu o apoio do PT, partido de Lula. Integrantes da bancada do PT no Senado decidiram pedir a Sarney que se afaste do comando da Casa por 30 dias.
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