O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a convenção que formalizou a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição para motivar a militância petista a ter "orgulho" de fazer a campanha, citando campanhas passadas e rebatendo críticas de adversários relacionadas à corrupção.
"O que vai ganhar essas eleições não é o tempo de TV, não é a qualidade de propaganda, o que interessa nessas eleições é a verdadeira gente capaz de demonstrar cada vez que a gente for pra rua", disse o presidente durante o discurso na convenção nacional do PT.
Lula disse ter percebido uma "preocupação" de partidários com o discurso de adversários sobre os casos de corrupção nas gestões petistas, como o escândalo do mensalão, esquema de compra de apoio político deflagrado no primeiro mandato do ex-presidente.
"Eu desafio todos os governos que vieram antes de nós. Não criaram metade dos instrumentos... para combater a corrupção neste país", disse
"Não temos que ter nenhum medo na eleição em 2014."
Contrariando declaração do presidente do PT, Rui Falcão, que eu seu discurso, poucos antes de Lula, afirmou que esta será a campanha mais difícil a ser enfrentada, o ex-presidente defendeu que é preciso mudar o discurso e não "colocar tanta dificuldade", apostando novamente na comparação entre as gestões petistas e tucanas como um trunfo na disputa.
"Eu não tenho medo de comparar nada com eles e eu sei que isso incomoda", disse Lula. "Nós somos aqueles que queremos que os empresários continuem ganhando dinheiro, mas apesar de governar para todos... no nosso governo as pessoas mais pobres serão tratadas com mais dignidade."
"E é pelo que nós fizemos.... que temos que ter orgulho de ir para a rua e defender essa mulher (Dilma). E defendê-la de todo e qualquer preconceito."
Dilma tinha até as manifestações de junho de 2013 altas taxas de popularidade, mas desde então perdeu muito apoio e na abertura da Copa do Mundo, em São Paulo, na semana passada, foi alvo de xingamentos. Enquanto alguns petistas classificaram o caso como "isolado", algumas lideranças, como Lula, foram na contramão e manifestaram apoio à presidente.
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