O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou nesta quinta-feira, durante a posse dos novos líderes no Congresso, que a relação do Palácio do Planalto com o Congresso, em seu primeiro mandato, "foi o mais virtuoso possível".
- Não conheço um momento em que tivemos a tranqüilidade de agir com o Congresso como tivemos no primeiro mandato - afirmou o presidente.
O primeiro mandato de Lula foi marcado pelos escândalos do mensalão, do caso Waldomiro Diniz, dos sanguessugas e da compra de um dossiê contra tucanos. As investigações das CPIs provocaram a queda de diversos ministros, como José Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci (Fazenda), envolvido no episódio da quebra do sigilo bancário do caseiro que o denunciou por freqüentar uma casa destinada a fazer negócios.
Lula desconsiderou esses assuntos. Ele disse apenas que todos os projetos encaminhados pelo Executivo foram apreciados pelo Legislativo, à exceção da reforma tributária, "porque o acordo com o governo foi deixado de ser acordo".
Os novos líderes empossados nesta quinta-feira foram Romero Jucá (PMDB-RR), para o Senado, José Múcio (PTB-PE), na Câmara, e Roseana Sarney (PMDB-MA), para o Congresso. Na ocasião, o ministro das Relações Instituconais, Tarso Genro, anunciou que, a pedido de Lula, Múcio escolhera como vice-líderes Beto Albuquerque (PSB-RS) e Henrique Fontana (PT-RS).
- O senhor fez questão de que fossem indicados os dois vice-líderes na mesma solenidade dos líderes - destacou Tarso.
O ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia (PTB), que compareceu ao ato, negou que vá deixar o partido, cujo presidente, Roberto jefferson (RJ), é contra a participação da legenda no governo. Mares Guia disse que não foi convidado pelo presidente Lula a assumir a Secretaria das Relações Institucionais.
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