O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como "atípica" a eleição municipal deste ano, ao avaliar que, pela primeira vez, os candidatos de todas as legendas, mesmo as de oposição, "trabalharam favoravelmente ao governo".
"Ninguém falou mal do governo federal ou do presidente Lula", disse ele a jornalistas, após votar em São Bernardo do Campo, acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia, do candidato petista à prefeitura do município, Luiz Marinho, e do seu vice, Frank Aguiar (PTB).
O presidente evitou fazer análises sobre o desempenho de candidatos petistas, dizendo-se apenas "confiante" em vitórias petistas "em todas as cidades que estamos disputando".
Quando indagado sobre se houve falhas na campanha da candidata à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, que, segundo pesquisas de intenção de voto, perderá a disputa para Gilberto Kassab (DEM), Lula se esquivou e atribuiu o bom desempenho de alguns candidatos da oposição ao fato de o Palácio do Planalto não perseguir adversários.
"Candidatos do PSDB, do DEM, de qualquer partido, trabalharam com as obras do governo federal. Acho que estamos ajudando a eleger todos os partidos, porque não houve perseguição na distribuição das verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)", disse.
O presidente também minimizou a influência que as disputas nas cidades podem ter na eleição presidencial de 2010. "Não tem essa ligação direta", disse.
Lula, que na segunda-feira completa 63 anos, disse que pretende convocar para janeiro uma reunião com todos os prefeitos eleitos para garantir a continuação das obras do PAC e fazer um pacto pelo fim do analfabetismo.
"Estou convencido de que os prefeitos serão parte da solução para que a gente acabe com o analfabetismo no país", disse, depois de quebrar o protocolo e sair do colégio em que votou para cumprimentar, distribuir beijos e autógrafos para uma multidão que o aguardava desde o início da manhã.
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