Mais um atentado ocorreu nesta madrugada contra um agente penitenciário. Ângelo Rodrigues Batista Martins, de 28 anos, foi baleado quando chegava em casa, no bairro da Liberdade, região central da cidade. Ele trabalha no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP) e foi atingido com oito tiros nas costas. Apesar de ferido, o agente ainda conseguiu caminhar até um prédio para pedir socorro. Ele foi levado até o Hospital do Servidor Público Municipal.
O agente passou por seis horas de cirurgia e está em estado grave. A polícia ainda não sabe quantos homens atacaram o agente e nem como o crime aconteceu. A hipótese de que o crime tenha sido encomendado por uma facção criminosa será investigada.
Na quarta-feira à tarde, os bandidos mataram o quinto agente em apenas uma semana. O assassinato ocorreu na frente da Penitenciária de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Desta vez, não foi uma ação planejada pelos bandidos. Seis presos conseguiram chegar à cozinha do presídio onde estava sendo feito um serviço de manutenção. Eles roubaram os uniformes da empresa encarregada e fugiram.
Quando saíam pelo portão da frente encontraram o agente penitenciário Genivaldo Lourenço da Silva, que chegava para trabalhar. Ele foi morto com um tiro no rosto. Dos seis presos que fugiram, dois foram recapturados. A penitenciária, que tem capacidade para 852 homens, abriga atualmente 1.269.
Logo após o crime, representantes do sindicato da categoria se reuniram e decidiram iniciar uma nova greve de 24h. Eles pretendem manter somente os serviços essenciais, de saúde e segurança nos presídios. Essas paralisações têm acontecido a cada execução de funcionários de presídios. Em maio, oito agentes foram mortos, sendo sete fora do trabalho. A principal reivindicação deles, para o uso do porte de armas, será atendida pelo governo. Nesta quinta-feira, pelo menos 17 presídios dos 144 existentes no estado, estão com as atividades parcial ou totalmente paralisadas.
Desde a última quarta-feira, outros dois agentes foram alvos de atentados em Guarulhos e em Campinas, mas sobreviveram. Um soldado da PM também foi assassinado durante o fim de semana. José Eduardo Gonçalves de Freitas pertencia ao batalhão de choque da Polícia Militar e foi morto com três tiros quando caminhava no final da noite de domingo por uma rua do Belenzinho, na zona leste da capital. Ele estava de folga, mas usava botas e o cinto da PM. Ainda não há pistas dos assassinos.