Candidata na eleição presidencial de 2014, Marina Silva, ex-senadora e porta-voz nacional da Rede, divulgou uma nota nesta segunda-feira (18) defendendo a aprovação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff pela Câmara. Com o resultado deste domingo (17), o processo será analisado pelo Senado e pode levar a saída da presidente, que seria substituída por seu vice, Michel Temer.
Apesar de defender a aprovação na Câmara, Marina Silva criticou o vice-presidente. Segundo ela, a “saída passa pelo TSE (Tribunal Superior Eleitora)”. “Nem Dilma, Nem Temer. Por uma nova eleição!”, afirma.
A ex-petista diz aguardar o julgamento do TSE que pode anular a chapa vencedora na eleição de 2014. Assim, Temer não assumiria o cargo e seriam convocadas novas eleições.
“A solução passa pela Justiça Eleitoral, que investiga o uso de dinheiro da corrupção para a campanha de Dilma e Temer. A Rede Sustentabilidade confia que o Tribunal Superior Eleitoral julgará com a celeridade possível as denúncias de fraude eleitoral da chapa Dilma/Temer nas eleições de 2014, devolvendo à sociedade o poder de decidir o futuro do país. Afinal, os fiadores da Operação Lava-Jato somos nós, cidadãos e cidadãs, os únicos capazes de escolher um governo com credibilidade para tirar o país da crise. O TSE precisa ter o sentido de urgência para julgar o processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer e convocar novas eleições”, afirma.
Na votação na Câmara, a Rede orientou seus quatro deputados a votarem a favor do impeachment. Miro Teixeira (Rede-RJ) e João Derly (Rede-RS) seguiram a posição do partido. Já Aliel Machado (Rede-PR) e Alessandro Molon (Rede-RJ) foram contrários ao processo.
Veja a íntegra da nota
“A Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade do pedido de impeachment contra a presidente Dilma e o processo deve seguir para o Senado, de acordo com o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal. A Rede Sustentabilidade já havia se posicionado, depois de intensa discussão, pela admissibilidade do impedimento, pois compreende que existem elementos que justificam a abertura de processo de crime de responsabilidade previsto na constituição. No entanto, é importante reforçar que, se o instrumento do impeachment cumpre a formalidade legal, não alcança ainda a finalidade de resolver a grave crise política, econômica, social e ambiental em curso.
Há clareza na sociedade de que o partido do vice-presidente Temer é tão responsável pela crise política, ética e econômica quanto o partido da presidente Dilma. Também há clareza de que Eduardo Cunha não pode continuar na presidência da Câmara dos Deputados e que Renan Calheiros não pode continuar na presidência do Senado, pois ambos estão profundamente envolvidos nos fatos que vem sendo revelados.
Lideranças políticas do Brasil estão envolvidas em corrupção e querem usar o poder para se esconder das denúncias da operação Lava Jato. Embora hoje se digladiem, há bem pouco tempo os mesmos envolvidos estavam juntos e gestaram o caos atual, pela corrupção, pela incompetência, pelas artimanhas políticas. PT e PMDB são faces de uma mesma moeda, são complementares na sua determinação de manter de pé a política ultrapassada e corrosiva.
A solução passa pela Justiça Eleitoral, que investiga o uso de dinheiro da corrupção para a campanha de Dilma e Temer. A Rede Sustentabilidade confia que o Tribunal Superior Eleitoral julgará com a celeridade possível as denúncias de fraude eleitoral da chapa Dilma/Temer nas eleições de 2014, devolvendo à sociedade o poder de decidir o futuro do país. Afinal, os fiadores da Operação Lava-Jato somos nós, cidadãos e cidadãs, os únicos capazes de escolher um governo com credibilidade para tirar o país da crise. O TSE precisa ter o sentido de urgência para julgar o processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer e convocar novas eleições.
A população tem o direito de dar a palavra final, agora sabendo de tudo o que ficou oculto em 2014, e escolher um novo governo para coordenar os imensos esforços que o Brasil terá de fazer para tirar o país da crise.
A saída passa pelo TSE
Nem Dilma, Nem Temer. Por uma nova eleição!”