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O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), que tenta a reeleição, acusou nesta sexta-feira (17) a adversária Marta Suplicy (PT) de querer ganhar a disputa "no tapetão".

Na quinta (16), a petista protocolou representação em que pede a cassação da candidatura de Kassab por uso da máquina pública. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) confirmou a representação, mas não informou detalhes.

A petista questiona o encontro de Kassab com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em que os dois participaram de vistoria das obras do Metrô.

Na cerimônia oficial, Kassab entregou a Serra um cheque de R$ 198 milhões da Prefeitura de São Paulo, destinados à ampliação do metrô. No evento, os dois negaram caráter eleitoral. "Isso é querer ganhar no tapetão. Foi evento eminentemente administrativo, todos sabem", disse Kassab nesta sexta, durante cerimônia em homenagem à ex-primeira-dama e antropóloga Ruth Cardoso no Centro Cultural da Juventude em Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo.

Kassab criticou ainda a gestão da petista: "Na gestão da Marta, os recursos eram investidos em túneis nos jardins, que quando chovia inundava."

Marta Suplicy, que participou nesta sexta de encontro com taxistas na Vila Mariana, preferiu não comentar o assunto.

O coordenador de sua campanha, o deputado federal Carlos Zarattini (PT), disse que Kassab também está tentando ganhar no "tapetão".

"Ele entrou com um pedido de direito de resposta sobre uma propaganda nossa. Nos tomou praticamente dois dias das nossas inserções. Isso não é tapetão? Só é tapetão quando a gente entra com ação contra eles? Quando eles entram com ação contra a gente não é tapetão?, disse o coordenador.

Segundo ele, houve utilização da máquina pública porque o evento foi similar a uma inauguração, o que é vedado pela lei eleitoral.

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