Uma medida de emergência da Aeronáutica, para contornar a crise dos controladores de vôo, levou a um duplo comando nos céus do Brasil. Desde quinta-feira, todos os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), inclusive os usados pelo governo, deixaram de ser controlados pelo Centro de Controle de Tráfego Aéreo de Brasília (Cindacta 1) e passaram a ser operados pela Defesa Aérea, que antes tinha função apenas de monitorar aviões em missão militar. De acordo com reportagem desta terça-feira do jornal "O Globo", com a medida, o espaço aéreo passou a ter dois "gerentes": o Cindacta 1 para as aeronaves comerciais; e a Defesa Aérea para os aviões da FAB.

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O que seria uma solução, contudo, acabou ampliando o clima de insegurança e estresse no Cindacta 1, já que as equipes não têm contato entre si.

- A probabilidade de panes e acidentes é muito maior com esse modelo - afirma uma fonte da Aeronáutica.

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O comandante da FAB, brigadeiro Luiz Carlos Bueno tem audiência às 16h desta terça-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro da Defesa, Waldir Pires, apresentou um relato detalhado sobre a situação nos aeroportos.

Apesar do desgaste de Bueno e da cogitação de nomes para substituí-lo no Comando da Aeronáutica , fontes do Planalto disseram que, por enquanto, Lula não pretende fazer mudanças nessa área. O vice-presidente José Alencar, que participou da reunião de Lula com a coordenação de governo, acredita que a situação já está se normalizando:

- O comandante Bueno e o ministro da Defesa são pessoas respeitadas e de conceito ilibado. Há pequenas turbulências, não são nuvens pesadas.