O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, encaminhou ofício ao Banco Central solicitando informações sobre todas as transferências internacionais ou operações de câmbio, no período de 1º de janeiro de 2003 a 31 de março de 2015, que tenham como destinatárias nove off-shores que teriam sido usadas pela Odebrecht para repassar propinas no exterior. As off-shores, segundo o Ministério Público Federal, foram usadas pela construtora para abastecer contas dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, além do ex-gerente Pedro Barusco.
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O objetivo do Ministério Público, ao solicitação essas informações, é descobrir se empresas do Grupo Odebrecht fizeram remessas para off-shore ou se utilizaram de terceiros. A solicitação do juiz refere-se às off-shores Smith & Nash Engineering, Arcadex e Golac, Rodira Holdings, Hanvisur, Sherkson, Klienfeld, Innovation e Constructora Del Sur. Destas, duas pertencem diretamente a Construtora Norberto Odebrecht — Smith & Nash e a Hanvisur.
Por enquanto, com a ajuda do Ministério Público da Confederação Suíça, a força-tarefa da Lava Jato identificou que quatro empresas do grupo Odebrecht no extrerior depositaram US$ 118,607 milhões em contas na Suíça das off-shores Smith & Nash Engineering, Arcadex e Golac.
A Smith & Nash Engineering recebeu US$ 45,4 milhões entre 2006 e 2011 de quatro empresas no exterior do Grupo Odebrecht (Odebrecht Serviços no Exterior, CNO, Osel Angola e Osel Odebrecht Serviços no Exterior). Foi da conta desta off-shore que foram destinados US$ 15,2 milhões para três intermediárias: Constructora Internacional Del Sur (US$ 8,368 milhões) e Klienfield (US$ 3,4 milhões). Também foram feitos depósitos numa das contas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Segundo o MPF, a Golac recebeu US$ 47,9 milhões de duas empresas do Grupo Odebrecht no exterior, a Osel Angola e a Osel Angola DS. Desta offshore, segundo os investigadores, foram repassados US$ 38,867 milhões para a Constructora Internacional Del Sur, constituída no Panamá.
A Arcadex, por sua vez, recebeu US$ 25,251 milhões da Odebrecht Serviços no Exterior e da CO Constructora Norberto Odebrecht.
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