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Como nos últimos atos do MTST, é provável que haja a participação de outros grupos com pautas similares, de acordo com Boulos | JONATHAN CAMPOS/JONATHAN CAMPOS
Como nos últimos atos do MTST, é provável que haja a participação de outros grupos com pautas similares, de acordo com Boulos| Foto: JONATHAN CAMPOS/JONATHAN CAMPOS

O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) promete atos contra o corte nos gastos sociais anunciado pelo governo federal nesta segunda-feira (14), disse o líder do grupo, Guilherme Boulos. “O governo quer acabar com a crise econômica, mas vai aprofundar a crise social”, afirmou o professor, que também é colunista da Folha de S.Paulo.

Segundo Boulos, os atos em repúdio ao anúncio do governo devem ocorrer na próxima semana, mas ainda não têm os detalhes definidos. Ele diz, ainda, que os cortes no programa Minha Casa, Minha Vida devem aumentar a pressão do grupo sobre o Executivo federal: “A única saída das famílias vai ser fazer ocupações”, afirma.

Como nos últimos atos do MTST, é provável que haja a participação de outros grupos com pautas similares, de acordo com Boulos. Isso, no entanto, ainda não está definido.

Desde o início do ano o grupo realiza atos contra o ajuste fiscal, apesar de apoiar o governo Dilma Rousseff. Em março, o MTST promoveu manifestações em diversas capitais pedindo o lançamento da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, que tem como cerne a diminuição do deficit habitacional -principal bandeira do grupo- e foi prometido para junho do ano passado.

Em agosto, o MTST foi às ruas junto com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a UNE (União Nacional dos Estudantes) em parte para defender Dilma e fazer um contraponto às manifestações que pediram a saída da petista da Presidência da República -chamando os que pediam a destituição de “golpistas”. À época, Boulos disse que, nem por isso, era um ato exclusivamente em defesa dela: “Não temos problema em ajustar as contas, o problema é no lombo de quem ajustá-las”.

O manifesto divulgado pelas entidades antes dos atos defendia mudanças na política econômica do governo: “A política econômica do governo joga a conta nas costas do povo. Ao invés de atacar direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros, defendemos que o governo ajuste as contas em cima dos mais ricos, com taxação das grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro, além de uma auditoria da dívida pública”.

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