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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com certa irritação nesta quinta-feira (7) ao ser questionado sobre informações de que seu irmão mais velho, Genival Lula da Silva, o Vavá, pedia propina ao ex-deputado estadual Nilton Servo, preso na Operação Xeque-Mate por suspeita de envolvimento em exploração de caça-níqueis. Lula está em Berlim para uma reunião com líderes mundiais.

"Não acho justo, depois de uma reunião com cinco países importantes para tratar de um assunto dessa magnitude, você me perguntar uma coisa que eu poderia falar com você na segunda-feira, em São Paulo, na terça-feira em Brasília, na quinta-feira no Rio de Janeiro, aonde você quiser perguntar", respondeu a um jornalista.

Lula, que já deu declarações defendendo o irmão, preferiu deixar o assunto para depois. "Eu, hoje (quinta) e amanhã (sexta), quero falar exatamente do G-5 e do G-8. Na segunda-feira, você pode me perguntar o que você quiser da política interna que lhe responderei de peito aberto e de coração muito aberto", completou.

Prisões

Nesta sexta-feira (8), a Polícia Federal deve pedir a prorrogação de prisões temporárias relacionadas à operação. A assessoria da PF não soube informar de quais suspeitos a polícia pedirá a prorrogação da prisão - no total, há 79 presos.

O prazo da prisão temporária é de cinco dias. Portanto, o prazo para os que foram presos na segunda (4) vence na sexta (8). Os presos na terça (5), permanecem pelo menos até sabado (9). Pela lei, a polícia pode pedir adiamento por mais cinco dias da prisão temporária. Ao vencimento da prorrogação, pode solicitar ainda prisão preventiva por tempo indeterminado. Também na sexta, prestará depoimento o médico Hércules Mandetta Neto, que estava foragido e se apresentou à PF na noite de quarta (6). A polícia ainda procura seis suspeitos. Segundo a PF, Mandetta seria proprietário de caça-níqueis.

O advogado de Mandetta Neto, Rubens Barbiratto Barbosa, negou ligação de seu cliente com jogos ilegais. Ele afirmou que Mandetta Neto estava numa fazenda, em Dois Irmãos do Buriti (MS) e entrou em contato quando ficou sabendo que estava na listagem de procurados da PF. "Quando soube do que aconteceu, quis se apresentar", conta Barbosa.

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