O hospital onde a ex-primeira-dama estava internada| Foto: AFP PHOTO/MAURICIO LIMA

A direção da Unimed decidiu rescindir o contrato de um neurocirurgião que fez comentários agressivos sobre o tratamento à ex-primeira dama Marisa Letícia em um grupo de WhatsApp de antigos colegas de faculdade, onde vazaram dados sigilosos do diagnóstico da paciente. A decisão foi informada em um comunicado divulgado no fim da tarde desta sexta-feira (3).

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“A Unimed São Roque repudia veementemente as declarações dos médicos citados nas reportagens que abordam o vazamento de informações sigilosas durante o diagnóstico da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva”, escreveu a direção da cooperativa.

Nas conversas do grupo, o neurocirurgião comentou o atendimento dado à esposa do ex-presidente Lula, que teve a confirmação de morte cerebral feita em um primeiro exame realizado nesta tarde.

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“Esses fdp vão embolizar ainda por cima”, escreveu, em referência ao procedimento de provocar o fechamento de um vaso sanguíneo para diminuir o fluxo de sangue em determinado local. “Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela”, complementou o profissional, que também presta serviços em outras unidades de São Paulo.

Na quinta-feira (2), o Hospital Sírio-Libanês informou que havia demitido a médica apontada como responsável pelo vazamento das informações de Marisa Letícia.

De acordo com o comunicado da Unimed São Roque, o profissional não pertencia ao quadro de médicos cooperados, mas era “médico terceirizado no hospital próprio da cooperativa, por meio de contrato de prestação de serviços”.

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“As demais medidas relacionadas ao caso estão sendo apuradas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), conforme o Código de Ética Médica”, escreveu a cooperativa no comunicado.

Em nota divulgada na noite de quinta-feira, o Cremesp lembrou que “sob o juramento hipocrático e os princípios fundamentais da Medicina, todo médico deverá ‘guardar absoluto respeito pelo ser humano e atuar sempre em seu benefício’“.

Segundo a entidade, o médico não deverá usar “seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade”.