O Estado de São Paulo continua com policiamento reforçado, apesar de nenhum ataque de facção criminosa ter sido registrado neste domingo. Na capital, dois casais de jovens foram presos na madruga de domingo, suspeitos de terem arremessado um coquetel molotov contra uma casa noturna no Itaim Bibi, na zona sul. Depois de uma discussão em um bar, o grupo alegou que seria de um grupo organizado, mas a polícia não acredita que a ligação existe de fato.

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Segundo a Secretaria de Segurança Pública, três homens morreram em troca de tiros com a polícia no meio da noite, no Parque Vitória, na zona norte, mas também não há relação com os atentados. Vagner Rodriges Pimentel, de 20 anos, Rodrigo Storolli Mendes, de 25 anos, e um outro rapaz de 20 anos (ele estava sem documentos) estavam em um carro roubado quando foram avistados pela polícia. Houve perseguição e troca de tiros e eles acabaram morrendo. Com eles, a polícia encontrou um revólver, uma pistola e uma espingarda.

Não houve incidentes na Virada Cultural . A maratona, que começou às 18h de sábado, vai até o final da tarde deste domingo. Como havia preocupação da polícia e da população que a 'Virada' acabasse sendo um alvo de facções criminosas a segurança foi reforçada.

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O tenente Émerson Massera, porta-voz do comando de policiamento da cidade, disse que São Paulo voltou à sua normalidade. Ele aconselhou a população a denunciar suspeitos por meio dos telefones de emergência.

- A cidade voltou à sua normalidade. A polícia tem feito um trabalho específico de segurança com resultados muito bons. A população pode se sentir segura, inclusive participando da Virada Cultural neste fim de semana (com shows, espetáculos de dança e vários eventos espalhados pela capital a partir das 18h) - disse.

No sábado, a polícia bloqueou novamente as ruas na cidade de São Paulo, à procura de suspeitos de facções criminosas. Na Avenida Paulista, o trânsito ficou complicado pela manhã por conta de mais uma blitz da polícia. Os policiais permaneceram o tempo todo com as armas prontas para serem usadas.

Com a suspensão das visitas nos presídios onde houve rebelião, a polícia dobrou a atenção nas penitenciárias. Em Campinas, um detento morreu e outros quatro ficaram feridos em tentativa de fuga por volta de meio-dia na Penitenciária 2 do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia. O preso morto não resistiu depois que foi baleado por um agente penitenciário, que percebeu a tentativa de fuga do grupo.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, os presos baleados foram encaminhados para o Hospital de Hortolândia. A Penitenciária 2 abriga 1.200 presos, mas tem capacidade para apenas 894. Por conta das rebeliões que atingiram 5 das 6 unidades do complexo, os presos estão proibidos de receber visitas neste final de semana. O complexo penitenciário, com as seis unidades e cerca de 7.500 detentos, é o maior do interior paulista.

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Também em Campinas, na noite de sexta-feira um grupo tentou atear fogo no terminal da Vila União, periferia da cidade. Por volta das 20h30m, os vândalos passaram em um veículo pelo local e atiraram um objeto em chamas no telhado do terminal. O fogo foi apagado sem a necessidade de ajuda dos bombeiros.

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