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Sabino Pícolo (esq.) e Derosso: presidente da Câmara presidiu a sessão de ontem, mas não comentou as denúncias nem a coleta de assinaturas para a CPI | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Sabino Pícolo (esq.) e Derosso: presidente da Câmara presidiu a sessão de ontem, mas não comentou as denúncias nem a coleta de assinaturas para a CPI| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

A bancada de oposição da Câmara de Curitiba iniciou ontem a coleta de assinaturas para abrir uma CPI com o objetivo de investigar as irregularidades supostamente cometidas pelo presidente da Casa, João Cláudio Derosso (PSDB). Até o fechamento desta edição, apenas os cinco vereadores da bancada de oposição (dois do PMDB e três do PT) e os dois vereadores do PV aderiram à proposta de investigação. Com as sete assinaturas, ainda faltam mais seis para que a CPI possa ser aberta.

Além do início da coleta de assinaturas, o grande destaque da sessão foi a presença de Derosso. Após passar uma semana longe dos holofotes, ele esteve no plenário e presidiu a maior parte da sessão – apenas nos primeiros minutos as atividades foram comandadas pelo vice-presidente, Sabino Picolo (DEM). Mas Derosso não se manifestou sobre as suspeitas que pesam contra ele em plenário, nem conversou com a imprensa.

Farpas

Durante a sessão, vereadores da situação e da oposição trocaram farpas sobre a atuação de cada bloco desde a eclosão de denúncias contra o presidente da Casa – suspeita de favorecimento da esposa de Derosso em um contrato de publicidade, contratação irregular de servidores e nepotismo. Por um lado, vereadores da base aliada criticaram a "disputa por mídia" entre os que pedem novas investigações além da que está sendo feita pelo Conselho de Ética da Câmara. "Com todo o respeito aos vereadores da oposição, a Casa virou palco de uma disputa por mídia que chega a ser hilariante", declarou em pronunciamento Paulo Frote (PSDB).

Já a oposição negou que suas ações tivessem como foco a autopromoção. Algaci Túlio (PMDB) criticou a declaração de Renata Bueno (PPS) de que a CPI seria "um palco para a oposição". "Se a CPI é um palco, convido a vereadora para contracenar comigo os próximos capítulos", declarou. O vereador Pedro Paulo (PT) também se pronunciou publicamente contra as declarações. Em ambos os momentos, a vereadora não estava presente em plenário.

"A CPI, nesse momento, é uma manifestação mais política do que prática. Mas temos que achar um meio de unir forças e fazer essa investigação acontecer", comentou Renata. Mesmo sendo da base aliada do governo, foi Renata quem, inicialmente, pediu a instalação de uma comissão processante e o afastamento do presidente. A vereadora diz que a oposição "contará com seu apoio" para a instalação da CPI, mas que a decisão oficial sobre assiná-la ou não só será tomada depois de reunião com a executiva municipal de seu partido, amanhã.

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