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Uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, deve ser apresentada ao Conselho de Ética da Câmara na semana que vem. Severino Cavalcanti, que está em Nova York para uma reunião da ONU, não quis comentar as denúncias de que teria recebido propina mensal para manter um restaurante do Congresso em funcionamento.

Na terça-feira à noite, em Brasília, quatro partidos de oposição decidiram entrar com uma representação. Mas só vão fazer isso na semana que vem. Esperam apoio de partidos governistas e a volta de Severino ao Brasil.

- Nós já decidimos. Nós vamos entrar com a representação contra o presidente Severino - disse o deputado José Carlos Aleluia (PFL).

A situação do presidente da Câmara se complicou por causa de um documento entregue à Polícia Federal pelo gerente do restaurante Fiorella, Izeilton Carvalho. No documento, de abril de 2002, o presidente da Câmara dá garantias ao empresário Sebastião Augusto Buani, dono do restaurante, de que seu contrato seria prorrogado até janeiro de 2005. O documento, em folha timbrada da Câmara e assinado por Severino, então primeiro-secretário da Câmara, seria uma espécie de contrato de gaveta. É a primeira prova concreta contra Severino, acusado de ter recebido propina de R$ 10 mil mensais do empresário.

O primeiro compromisso de Severino Cavalcanti nesta quarta-feira foi um almoço com parlamentares de países de língua portuguesa. Ele fica em Nova York até o fim da semana e o principal momento da agenda é o discurso que ele fará na ONU na sexta, representando o Brasil no Encontro Mundial de Presidentes de Parlamentos.

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