Na oposição, a aceitação dos embargos infringentes - recursos que podem levar a um novo julgamento do caso do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) - foi visto como uma forma de garantir a impunidade. "O crime compensa", afirmou o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), em nota divulgada ao final no voto do ministro Celso de Mello nesta quarta-feira.
"A decisão é um duro golpe contra a credibilidade da Justiça, que havia renascido com a condenação dos membros da quadrilha, no ano passado. A admissão dos embargos infringente reforça a sensação de impunidade para os corruptos", lamentou o deputado.
Bueno avalia que com a revisão das penas, os deputados condenados vão conseguir completar o mandato sem uma punição definitiva.
O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), classificou como "lamentável" a decisão de seis dos onze ministros em favor dos embargos infringentes no Supremo.
Sampaio afirmou, em nota, que a sociedade brasileira já aguarda há muito tempo pelo fim do julgamento e para a execução das penas e se frustra com a decisão. Ele afirmou, ainda, que a sociedade espera que as penas sejam executadas com rapidez.
"Com a aceitação dos embargos e a consequente prorrogação do julgamento, a sociedade brasileira, que foi às ruas e que pede o fim da corrupção, poderá se sentir frustrada", afirmou.
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