Oposicionistas do Paraná dizem que vitória foi “surpreendente”

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Os deputados paranaenses integrantes da chapa oposicionista que venceu a eleição nesta terça-feira na Câmara dos Deputados dizem ter ficados surpresos com a própria vitória. Por 272 a 199 votos, os oposicionistas venceram o governo e conquistaram o direito de ocupar a maior parte das vagas na comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Aos governistas, caberá indicar agora os ocupantes das vagas que cabem a seus partidos e que ficaram em aberto.

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“Essa vitória foi uma surpresa porque achávamos que o governo ainda ganharia mais essa”, disse Valdir Rossoni (PSDB), um dos paranaenses que ganhou vaga na comissão de impeachment. “É surpreendente ver que, mesmo com toda a máquina do governo, existe dentro do Congresso a mesma má vontade com o PT que existe na rua”, afirmou. Rossoni disse que a oposição achava que iria perder a eleição por 70 ou 80 votos de diferença.

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Osmar Serraglio (PMDB), outro integrante da chapa oposicionista, a votação não só foi surpreendente como mostrou que “o Legislativo está sintonizado com a população”. “A gente não tinha nem certeza que ganhava, ainda mais com essa diferença expressiva”, afirmou. Segundo Serraglio, a surpresa foi ver que o governo “organizado” perdeu para uma chapa formada apenas no dia anterior. “Mas ainda precisamos de mais 70 votos para chegar ao número exigido para o impeachment”, disse.

Rossoni ressalta que a carta do vice-presidente Michel Temer (PMDB) divulgada nesta segunda-feira foi fundamental para a vitória da oposição. “Sem isso, a gente talvez nem tivesse a chapa”. Serraglio minimiza a importância da carta, embora acredite que ela pode ter representado votos a mais para a oposição.

Sobre a legalidade da votação feita por Cunha, que está sendo questionada por governistas no Supremo Tribunal Federal (STF), Serraglio, que é formado em Direito, diz não ter dúvidas de que tudo foi feito dentro da lei. “ A lei 1.079, que regula o impeachment, fala claramente em eleição. Essa cantilena de que está sendo dado um golpe é ridícula”, afirmou.

A Gazeta do Povo tentou contato com o deputado Evandro Roman, que também integra a comissão, mas não conseguiu localizá-lo.