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O Grupo Opportunity informou nesta sexta-feira (12), por meio de sua assessoria de imprensa, que está estudando mudanças estruturais, embora não considere a idéia de "abrir mão da gestão dos recursos". Uma das hipóteses consideradas é de que o banco seja fechado e que o Grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, permaneça apenas com as gestoras de fundos.

"Diante da agressão injustificada e monstruosa sofrida pelo Banco Opportunity, toda a estrutura está sendo repensada. No momento, o banco analisa ajustes administrativos sem abrir mão da gestão de recursos", informa nota enviada pela assessoria do banco.

A assessoria ressaltou que o banco "está transferindo a administração dos fundos de investimento sob sua administração ao BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM e que o processo foi iniciado na última semana, com a transferência dos primeiros seis fundos".

Com isso, o BNY Mellon, empresa do The Bank of New York Mellon Corporation, ficará responsável pelo processamento e controle das carteiras, escrituração da emissão e resgate de cotas e contratação dos serviços de tesouraria e custódia. Já as atividades de gestão de carteiras continuariam sendo conduzidas pelos atuais gestores do Opportunity.

O Opportunity teve bloqueado R$ 545,7 milhões, por pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinação da Justiça Federal, motivados por uma análise do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que suspeitou de lavagem de dinheiro em duas movimentações feitas pelo banco: uma, datada de 2 de setembro deste ano, no valor de R$ 535,7 milhões, do fundo do banco para a financeira BNY Mellon Services DTVM, e outra, datada de 21 de julho deste ano, de R$ 10 milhões, do Banco Opportunity para uma conta corrente de Beassy Schachnik, irmã do presidente do banco BNY, Dório Ferman, um dos investigados na Operação Satiagraha da Polícia Federal.

"A movimentação financeira efetivada em 21 de julho de 2008 junto ao Banco Itaú ocorreu apenas quatorze dias após a concretização das medidas assecuratórias [prisões temporárias e preventivas, buscas e apreensões, dentre outras], determinadas por este juízo nos autos do procedimento criminal, que se deu em 8 de julho de 2008 [data em que foi deflagrada a Operação Satiagraha]", diz decisão assinada pelo juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo. A mesma decisão considerou que a transferência dos R$ 535,7 milhões do Opportunity para o BNY Mellon também teve uma "data muito próxima àquela medida judicial".

Em comunicado em sua página na internet, o BNY Mellon informa que a transferência da administração dos fundos de investimento do Banco Opportunity para sua administração foi comunicada ao mercado no dia 1º de agosto e que a transferência "é regular e vem sendo realizada com absoluta transferência e aprovação dos cotistas dos fundos em Assembléias Gerais de Cotistas".

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