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Da esquerda para a direita: Osmar Dias (PDT), Ratinho Jr. (PSD), Roberto Requião (PMDB), Beto Richa (PSDB) | Montagem/Gazeta do Povo
Da esquerda para a direita: Osmar Dias (PDT), Ratinho Jr. (PSD), Roberto Requião (PMDB), Beto Richa (PSDB)| Foto: Montagem/Gazeta do Povo

Mesmo com duas cadeiras de senador pelo Paraná em jogo em 2018, o governador Beto Richa (PSDB) seria apenas o quarto colocado na disputa se ela ocorresse hoje. Segundo levantamento feito pelo Paraná Pesquisas a pedido da Gazeta do Povo, seriam eleitos o ex-senador Osmar Dias (PDT) e o secretário do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Jr. (PSD).

Veja o levantamento completo

Apesar de Richa figurar apenas em quarto lugar na pesquisa, o cenário para o atual governador não é tão desfavorável quando se consideram as diversas nuances que envolvem as eleições de 2018 no estado. Primeiramente, é preciso levar em conta que Osmar e Ratinho são pré-candidatos bem colocados ao Executivo estadual. Além disso, o senador Roberto Requião (PMDB), que aparece em terceiro no levantamento caso tente se reeleger, figura na vice-liderança em pesquisa feita para a disputa pelo governo do estado – os números foram divulgados nesta segunda-feira (7) pela Gazeta do Povo.

Outra possível vantagem para o tucano é o fato de eleições para o Senado estarem mais distantes do radar do eleitorado, que costuma focar a atenção nas disputas para presidente da República e governador. “É uma eleição fria. Portanto, sai na frente quem tem mais estrutura, contatos com prefeitos, sobretudo nas cidades pequenas. E o Beto tem essa rede construída desde 2011”, afirma o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.

Problemas

Todas essas ponderações, no entanto, precisam levar em conta quem o próprio Richa vai apoiar no pleito para sucedê-lo no Palácio Iguaçu. O caminho mais natural seria abraçar a pré-candidatura da vice-governadora Cida Borghetti (PP), que deverá assumir a chefia do Executivo estadual em abril de 2018, quando o tucano renunciar para poder disputar o Senado. Mas aliados do governador defendem que ele apoie Osmar Dias.

“Romper com os Barros é um problema à vista. Aparentemente, essa estratégia pode eliminar adversários no caminho do Beto para o Senado, mas todo o poder político no estado passará para as mãos dos Barros, que terão a caneta para articular e costurar alianças”, avalia Hidalgo. Na visão dele, esse cenário forçaria os Barros a decidir se juntar a Requião no dia seguinte.

Dentro do governo, há uma corrente – não tão pequena quanto se possa imaginar – que defende que Richa cumpra o mandato de governador até o fim. Muitos aliados do tucano dizem não confiar no grupo liderado por Ricardo Barros (PP), ministro da Saúde e marido de Cida Borghetti. Além disso, somado ao fato de não verem em Richa o perfil para brigar por uma das vagas no Senado, eles acreditam na vitória de um tucano para a Presidência, o que abriria espaço para uma vaga de ministro para o atual governador.

Dados da pesquisa

Foram ouvidos 1.418 eleitores entre os dias 1 e 3 novembro, em 68 cidades do Paraná. O grau de confiança é de 95,5%, e a margem de erro é de 2,5%.

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