O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que presta depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, foi polido ao responder à senadora Heloisa Helena (PSOL-AL), que ao criticar a política econômica do governo disse que até confiaria como médico, mas não como ministro da Fazenda.
- Quero agradecer o elogio de a senhora dizer que confiaria em mim como médico. Foi o elogio mais importante que recebi nestes três anos, até porque vem de uma pessoa que vem da área da saúde como eu - disse o ministro.
Sobre as críticas ao seu trabalho na área econômica, Palocci argumentou que ele e a senadora têm visões diferentes do tema, mas ressaltou que o governo está propondo mecanismos inovadores de combate à pobreza no mundo.
- Temos modos distintos de pensar a economia, mas eu respeito sua posição. Não penso que aqueles que não concordam com meus princípios de responsabilidade fiscal são irresponsáveis, nunca considerei a senhora uma pessoa irresponsável nem no plano social nem no pessoal - afirmou.
Sobre a demora na aplicação de verbas de programas sociais, o ministro disse que não há ingerência do Ministério da Fazenda sobre os programas para escolher qual vai ser executado ou não. Ele explicou que a Fazenda administra as verbas gerais dentro da disponibilidade e cabe a cada ministério escolher os programas que entram em prática primeiro, eleger suas prioridades.
- Entre dez programas para criança, não cabe ao ministro da Fazenda decidir qual começa em janeiro.
O ministro disse ainda que como a senadora o autorizara como médico, faria uma avaliação como médico para concordar com Heloisa Helena na tese de que os projetos deveriam ser analisados segundo a demanda da população e não seguindo outros critérios e se disse disposto a discutir a questão.
- Não sei se os modelos que temos hoje de orçamento é o modelo adequado para fazer isso. Esse é um debate a ser feito. Eu tendo a achar que não é. É importante avaliar se o modelo de construção do orçamento em 300 programas é o mais adequado para um país como o Brasil.
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