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Paraná

No Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, a assessoria da Infreaero informou que das 6h até 20h, 43% dos vôos sofreram algum tipo de atraso. Das 139 operações previstas neste intervalo de tempo, 47 apresentaram atrasos entre 15 minutos a uma hora e outros 13 superior a uma hora. Durante toda a terça-feira, ainda de acordo com dados da Infraero, foram contabilizados sete cancelamentos em vôos.

Desde a hora que teria iniciado a operação padrão dos controladores de tráfego aéreo em Brasília, às 18h, até o último vôo no Afonso Pena, às 23h10, estavam previstos 26 pousos e 27 decolagens. Entretanto, se as operações no Cindacta 1 não se normalizarem, inevitavelmente, alerta a Infraero, os passageiros no Paraná vão sofrer com os atrasos num efeito cascata.

Os controladores de vôo do Cindacta 1, em Brasília, decidiram retomar as atividades normais, segundo informações atribuídas ao Comando da Aeronáutica. A previsão é de que a situação seja normalizada em todo o país já nas próximas horas. O Cindacta 1 controla os vôos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país.

Em conseqüência dos problemas no Cindacta 1 - num primeiro momento, falou-se de uma pane nos computadores-, todas as decolagens do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, foram suspensas, a partir das 18h desta terça-feira Os pousos, no entanto, não foram cancelados. A falha nos computadores ocorreu por volta das 16h30, afetando as operações em outros aeroportos do país. A Infraero confirmou que o aeroporto do Galeão está parado. Já os aeroportos de Congonhas e Brasília funcionavam, mas interromperam 80% das decolagens no início da noite.

De acordo com a Infraero, em Brasília, os controladores aéreos fizeram o controle de fluxo de vôo, aumentando o espaçamento de saída de vôos, como medida de segurança pela pane no sistema. Os controladores de vôos alegavam que as imagens dos radares não estariam nítidas e chamaram os técnicos para verificarem, o que atrasou as operações. Ao invés de operar até 14 aviões, os controladores do Cindacta 1 passaram a controlar oito ou nove. Fontes da Aeronáutica atribuíram esta operação-padrão à decisão do comando da Força de determinar a prorrogação do prazo do inquérito policial militar que apura as causas do motim do Cindacta 1, de Brasília, no dia 30 de março.

No Aeroporto Santos Dumont, houve pequenos atrasos que, segundo a Infraero, estavam dentro da média. A situação nos saguões de embarque e desembarque é tranqüila. Não houve cancelamentos de vôos.

Até as 20h, os aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, tinham 46 vôos com atrasos de mais de 45 minutos. Segundo a Infraero, foram 22 vôos com atraso em Guarulhos e 24 em Congonhas. Dos 181 vôos programados para o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, 10 foram cancelados. Já em Congonhas, na zona sul da capital, dos 246 programados, três foram cancelados. Os vôos para Uberlândia, Confins, Belo Horizonte e Goiânia estavam saindo com intervalos de uma hora em Congonhas. Para o norte, as aeronaves partiam de 30 em 30 minutos. Apenas os vôos para o sul do país decolavam normalmente.

O jornalista Chico Pinheiro, da TV Globo, ficou mais duas horas e meia dentro de uma aeronave, na pista de Congonhas, à espera de autorização para decolar.

No aeroporto internacional de Brasília, era grande o movimento no saguão de entrada, com os passageiros aguardando os vôos atrasados. O aeroporto registrou espaçamentos de saída dos vôos com média de 15 a 20 minutos, enquanto que o normal são saídas com menos de cinco minutos de espaço. Os maiores problemas no aeroporto de Brasília, contudo, foram nos pousos. Os vôos estão partindo atrasados de outras cidades e não estão chegando no horário na capital federal.Autoridades

As principais autoridades ligadas ao setor aéreo no país ainda não comentaram a pane no sistema do Cindacta 1 que está atrasando vôos no país nesta terça-feira. O ministro da Defesa, Waldir Pires, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, estão em uma feira sobre aviação em Paris. Já a ministra do Turismo, Marta Suplicy, que na semana passada disse que as vítimas do caos aéreo deveriam "relaxar e gozar", não quis comentar a nova crise.

Nesta terça-feira. o relator da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou que, em seu relatório final, vai apontar os pilotos do jato Legacy, Joe Lepore e Jean Paul Paladino, como os maiores culpados pelo acidente com o avião da Gol em setembro passado. Além dos pilotos, Marco Maia adiantou que os controladores também serão acusados, mas em menor grau.

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