Uma subcomissão formada por membros da CPI dos Correios poderá viajar a São Paulo nesta terça-feira para ouvir o doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho Barcelona. Ele está preso na Penitenciária de Avaré e disse em entrevista à revista "Veja" estar disposto a falar sobre operações financeiras clandestinas de políticos e partidos. A viagem será proposta pelo relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Ele informou também que, nesta segunda-feira começa a notificar deputados envolvidos em denúncias para que apresentem sua defesa.
Serraglio disse ainda que os deputados envolvidos em denúncias da CPI terão prazo de cinco dias - contados a partir do recebimento da notificação - para apresentar defesa à CPI. Passado esse prazo, a comissão decidirá que caminho será dado aos processos, que deverão ser concluídos em pedidos de abertura de investigação no Conselho de Ética da Câmara.
Serraglio anunciou que apresentará requerimento para a realização da viagem na reunião administrativa da comissão, marcada para esta terça-feira. A idéia é que os parlamentares viajem no mesmo dia, mas isso só pode acontecer se o plenário da CPI aprovar a sugestão do relator.
Serraglio disse que os depoimentos de Barcelona e de outros doleiros e "tudo o mais que se refira a remessas de dinheiro para o exterior" estão entre as novas prioridades da CPI. O relator destacou que os recursos que alimentaram a conta do publicitário Duda Mendonça nas Bahamas - na qual Duda Mendonça recebia pagamentos por serviços prestados ao PT, conforme seu depoimento à CPI - "não vieram do Brasil e sim do exterior".
O sub-relator da comissão, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), destacou a importância de ouvir Toninho Barcelona.
- Temos que nos apressar para ouvi-lo, principalmente porque ele disse que tem informações a nos dar, afirmou.
Toninho Barcelona é considerado o maior doleiro do país e foi condenado a 25 anos de cadeia.
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