Com o objetivo de viabilizar a aprovação de um fundo eleitoral extra de cerca de R$ 3 bilhões a cada dois anos para financiar as eleições com recursos públicos, líderes partidários querem convencer o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, a apoiar a medida. O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR) – que é um dos formuladores desta alternativa –, já marcou audiência com o ministro da Corte para o início de novembro para tratar o tema. Antes disto, os presidentes das maiores legendas irão se reunir para formalizar uma proposta neste sentido.
Para ajudar no convencimento a Gilmar Mendes, um dos argumentos é de que o fundo será gerido pelo próprio TSE, que cuidará da distribuição dos valores aos partidos, de acordo com critérios que serão estabelecidos. A ideia é criar um ponto de corte que exclua as legendas de menor porte do recebimento deste fundo, com uma cláusula de barreira mais rígida.
Campanha fica mais barata, mas candidatos estão mais endividados
Leia a matéria completaRomero Jucá declarou apoio à proposta apresentada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de criação de um fundo público extra de cerca de R$ 3 bilhões para financiamento de campanhas já para as próximas eleições, em 2018. Jucá e Kassab defendem que esta seria uma alternativa viável para os candidatos enfrentarem os pleitos, sem ter de discutir a volta do financiamento empresarial.
“Depois do segundo turno, vamos nos reunir com os presidentes dos partidos e com o ministro Gilmar Mendes para discutir uma solução para o financiamento das campanhas. Deve caminhar mesmo para a criação deste fundo, porque voltar a discutir doações empresariais é algo muito complicado”, afirmou Jucá.
O presidente do PMDB defendeu que há urgência em definir o assunto, já que se trata de um tema complexo e que deve ser aprovado até setembro do próximo ano para que a nova regra tenha validade nas eleições de 2018. O senador diz que, apesar das eleições municipais deste ano terem ocorrido em relativa tranquilidade com a proibição de financiamento empresarial, o pleito em 2018 terá uma proporção muito superior ao deste ano e precisa de uma solução para ser viável.
“Temos que começar já esta discussão, porque é preciso aprovar até setembro do ano que vem para que a nova regra seja válida para 2018”, pontuou o peemedebista.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião