Okamotto (de camisa branca): críticas às mídias sociais.| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, questionou, nesta segunda-feira (22), a democracia no Brasil e disse que as redes sociais a “complicam”. Na abertura de uma palestra do ex-primeiro-ministro da Espanha Felipe Gonzalez em São Paulo, Okamotto definiu democracia como “exercício solitário de pensar o que é bom para as pessoas” disse que fica “com uma grande pulga atrás da orelha” sobre como consolidá-la no país. “Estamos muito distantes do mundo desenvolvido, do mundo rico”, afirmou.

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Segundo ele, a “democracia está ainda mais complicada” com o advento das redes sociais. Okamotto apontou o apoio popular à redução da maioridade penal e o fracasso da r eforma política como ameaças. “Todo mundo quer uma classe política melhor. Mas essa reforma política, para mim, é uma decepção”, discursou.

Às vésperas de o plenário da Câmara decidir se reduz ou não a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes violentos, nove em cada dez brasileiros se dizem favoráveis a essa medida, segundo pesquisa Datafolha.

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Entre os entrevistados pelo instituto na semana passada, 87% apoiam a alteração. O tema é bastante discutido nas redes sociais.

Gonzalez, que pertence ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), foi convidado a palestrar no Instituto Lula para falar sobre a experiência de seu partido ao se reerguer após denúncias de corrupção. A sigla ficou nove anos fora do poder na Espanha até conseguir voltar ao governo, quando J osé Luis Zapatero foi alçado ao cargo de primeiro-ministro (2004-2011).

CPI

O presidente do Instituto Lula foi convocado a prestar depoimento à CPI da Petrobras na Câmara para explicar as doações de R$ 3 milhões feitas ao Instituto Lula pela empreiteira Camargo Corrêa, investigada no esquema de corrupção da Petrobras.

A bancada do PT estuda solicitar ao plenário da Câmara reavalie a convocação do braço direito de Lula na entidade após terem levado bronca do ex-presidente. Eles articularam um contra-ataque que inclui um recurso para tentar derrubar a ida de Paulo Okamotto à comissão.

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