Aécio prega prudência, mas não descarta o impedimento.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Seguindo na linha adotada depois das últimas manifestações de rua e após pesquisa Datafolha apontar apoio de quase dois terços da população a um processo de impeachment, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira (16) que a sigla irá fazer o pedido de impedimento de Dilma Rousseff caso se comprove a participação dela nas chamadas “pedaladas fiscais”.

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“Precisamos averiguar agora quais foram os responsáveis por essa fraude. O TCU afirma que houve crime pela equipe econômica. Temos que ver se esse crime se limita à equipe econômica ou vai além dela. Vamos ter a responsabilidade e a prudência para tomar qualquer decisão, mas vamos ter a coragem. Se considerarmos que houve cometimento de crime de responsabilidade, nós vamos agir como determina a Constituição”, afirmou o tucano.

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Nesta quarta-feira (15), o Tribunal de Contas da União aprovou de forma unânime relatório que considera crime de responsabilidade as manobras fiscais (as chamadas “pedaladas”) feitas pelo Tesouro com dinheiro de bancos públicos para reduzir artificialmente o déficit do governo em 2013 e 2014.

Quatorze autoridades terão que se explicar ao tribunal, entre elas o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Aécio perdeu a eleição presidencial para Dilma e, hoje, é um dos principais nomes da oposição ao governo petista. Nos últimos dias, ele tem articulado com as demais siglas contrárias ao governo federal a pavimentação para o pedido de impeachment da presidente. O PSDB já encomendou, inclusive, análises sobre o tema a juristas.