A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (22), durante cerimônia de inauguração de uma usina de álcool em Piracicaba, interior de São Paulo, que o Brasil passa por um momento de transição na economia, em função da alteração nas condições internacionais, como o fim do superciclo das commodities. Segundo ela, o governo persegue o reequilíbrio das contas públicas, que é essencial para que a economia se recupere.
Servidores federais fazem protesto em frente ao Palácio do Planalto
Servidores federais de 22 categorias do funcionalismo — vários deles já em greve — fazem na manhã desta quarta-feira (22) mobilização em frente ao Palácio do Planalto. Eles tentam audiência com algum representante do governo. Nos cartazes, críticas ao “arrocho salarial” e ameaças: “Dilma negocia já ou o Brasil vai parar”. Os líderes do movimento estimam que cerca de sete mil servidores participam do ato. A Polícia Militar calcula cerca de mil pessoas. A PM mobilizou 150 homens para acompanhar os protestos.
Entre os servidores mobilizados estão trabalhadores das universidades federais (Fasubra), professores dessas instituições (Andes), funcionários da Previdência, da área de saúde, da Funasa, da Anvisa e Fiocruz.
“Estamos atualizando as bases da nossa economia e vamos voltar a crescer dentro do nosso potencial”, disse a presidente, ressaltando que o momento de travessia também apresenta possibilidades. A declaração foi dada em um momento em que o governo discute a redução da meta de superávit primário que, segundo fontes, deve passar de 1,1% do PIB para algo pouco acima de zero.
‘Dilma é mulher patriota, lutadora e de fibra’, diz Rubens Ometto
O presidente do Conselho de Administração do Grupo Cosan, acionista da Raízen, Rubens Ometto, fez nesta quarta-feira (22) vários afagos à presidente Dilma Rousseff.
Leia a matéria completaA presidente defendeu que, neste momento de “travessia”, o país busque “sempre maior produtividade, menores custos e maiores inovações para garantir emprego e crescimento”. Dilma falou ainda sobre o ajuste macroeconômicos e disse que algumas medidas já dão resultados, como o realinhamento dos preços.
Segundo a presidente, o governo vai continuar tomando medidas microeconômicas para facilitar a atividade e garantir ambiente de negócios mais amigável. Dilma prometeu ampliar concessões e “fazer um imenso esforço para manter os principais programas em funcionamento”, disse citando o Minha Casa Minha Vida.
A ampliação da classe média é, segundo palavras de Dilma, a prioridade do governo. “Queremos consolidar a classe média. Queremos que o Brasil seja um país de classe média”, disse Dilma.