Um contrato da Petrobrás com a empreiteira Odebrecht, apontado por um lobista como fonte de doações para campanhas de 2010, teve seu valor reduzido em cerca de 41% após uma auditoria interna da estatal.
O contrato assinado em outubro de 2010 previa a prestação de serviços de segurança e meio ambiente para a Petrobrás em dez países. Segundo a revista Época, o ex-funcionário da Petrobrás João Augusto Henriques vinculou o contrato ao pagamento de comissões ao PMDB e a uma doação da Odebrecht de US$ 8 milhões à campanha da presidente Dilma Rousseff. O contrato, ainda conforme o lobista, teria sido feito como compensação ao PMDB para enterrar a criação de uma CPI da Petrobrás no Senado.
Henriques posteriormente negou parte das informações publicadas, mas a revista postou, em seu site, o áudio da entrevista com as declarações. A construtora nega todas as acusações.
A redução do contrato foi revelada pelo Broadcast - serviço de notícias em tempo real da Agência Estado - em junho. Segundo documentos internos da Petrobrás, o acordo inicialmente era de US$ 849 milhões e foi ajustado posteriormente para US$ 825 milhões. No primeiro trimestre deste ano, após cair na auditoria interna, o contrato foi revisto para US$ 481 milhões.
O contrato foi revisto por apresentar irregularidades, conforme fontes ouvidas pela reportagem. O que motivou a auditoria foi a não execução integral de serviços. Segundo três fontes graduadas ligadas à estatal, há suspeitas de motivação política por trás das irregularidades.
Em junho, durante evento em Araucária (PR), a presidente da Petrobrás, Graça Foster, confirmou a redução do contrato. A decisão foi apresentada ao conselho de administração da estatal pela própria executiva no início do ano. A Petrobrás não comentou as denúncias.
Em nota, a Odebrecht negou com veemência "qualquer irregularidade" nos contratos com a Petrobrás". Afirmou que suas doações respeitam a lei eleitoral e que desconhece o questionamento da auditoria da Petrobrás.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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