O chefe da Delegacia de Polícia Federal (PF) de Angra dos Reis, Adriano Soares, abriu inquérito para investigar as circunstâncias do acidente aéreo que matou Teori Zavascki, ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quinta-feira (19).
Uma equipe de Brasília já está se deslocando para o Rio de Janeiro. O grupo é formado por um delegado, peritos e papiloscopistas para atuarem em conjunto em Paraty, local da queda da aeronave.
Entidades de juízes cobram investigação sobre acidente que matou Teori Zavascki
Leia a matéria completaTeori era passageiro em um avião que decolou às 13h01 do Campo de Marte, aeroporto situado na zona norte de São Paulo, e que caiu no mar por volta de 13h45, quando estava a aproximadamente 2 km da cabeceira do local de pouso. As causas do acidente serão investigadas pela PF.
De acordo com informações disponíveis no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Beechcraft C90GT tem capacidade para sete passageiros, além do piloto. É um avião bimotor turboélice fabricado pela Hawker Beechcraft. A aeronave PR-SOM está registrada em nome da Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras Limitada.
Relator da Lava Jato na Corte, o ministro era o responsável por conduzir os desdobramentos da maior investigação de combate à corrupção no país que envolvem autoridades com foro privilegiado. Teori estava empenhado, nos últimos meses, na análise da delação premiada dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, o mais importante acordo celebrado pela operação até aqui e que aguarda homologação.
Até então, o ministro já havia homologado 24 delações premiadas no âmbito da operação que implicam políticos dos principais partidos do país, da base e da oposição do governo federal. Teori foi ministro do Supremo Tribunal Federal a partir de 29 de novembro de 2012. O ministro foi presidente da 2ª Turma da Corte entre 2014 e 2015.