A Polícia Federal voltou a cumprir mandados de busca e apreensão em Brasília, nesta segunda-feira (22), para recolher documentos e computadores de envolvidos no suposto esquema de distribuição de propina investigado pela Operação Caixa de Pandora.

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Segundo a assessoria da PF, foram cumpridos cinco mandados solicitados pelo Ministério Público Federal (MPF) e autorizados pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Fernando Gonçalves, na sexta-feira (18).

No despacho, Gonçalves determinou a realização das "diligências necessárias para comprovar a existência de eventual vínculo entre as empresas fornecedoras de dinheiro marcado e dos seus recebedores".

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O escândalo envolve o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), o vice, Paulo Octávio (DEM), além de secretários do governo, deputados distritais da base aliada e empresários.

Os agentes cumpriram mandados nos bairros Asa Sul, Asa Norte e Lago Sul. Por determinação da Justiça, a PF mantém em sigilo os nomes dos envolvidos e os endereços que foram alvo da ação.

Nota

Em nota divulgada nesta terça-feira (22), o STJ determinou que o MPF acompanhasse e fiscalizasse as medidas que haviam sido solicitadas pela subprocuradora-geral, Raquel Rodge, ainda no âmbito da Operação Caixa de Pandora.

As novas ações foram solicitadas para comprovar a participação dos investigados no esquema de corrupção. A partir de agora, o material apreendido será analisado e periciado pela PF e um relatório com as informações será anexado ao inquérito.

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"A unidade (Polícia Federal) deve esclarecer a afirmação de que tem ‘fortes indícios’ de que o dinheiro marcado, cuja maior parte veio de uma das empresas supostamente envolvidas, é o mesmo encontrado na casa de um dos investigados durante a operação de busca e apreensão", informou o STJ na nota.