Réu liga tesoureiro do PT a grupo de doleiro
Num depoimento prestado à Polícia Federal, um dos integrantes do esquema investigado na Operação Lava Jato afirmou que o secretário nacional de finanças do PT, João Vaccari Neto, era um dos contatos de fundos de pensão com a CSA Project Finance Consultoria e Intermediação de Negócios Empresariais, empresa que o doleiro Alberto Youssef usou para lavar R$ 1,16 milhão do Mensalão, segundo a PF.
STF pede para Procuradoria se manifestar sobre Collor e Youssef
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki enviou para a Procuradoria-Geral da República, no início do mês, documentos da Justiça Federal do Paraná que citam depósitos do doleiro Alberto Youssef para o senador Fernando Collor (PTB-AL), no valor de R$ 50 mil. Com isso, o Ministério Público terá de dizer se quer abrir um inquérito para investigar o parlamentar.
- "Eu era problema para Dilma", diz André Vargas
- Ex-contadora detalha esquema de Youssef à Polícia Federal
- Empresas citadas na Lava Jato doaram R$ 24,3 milhões
- Ex-contadora de Youssef depõe à Justiça em Curitiba
- Conselho de Ética aprova cassação do deputado André Vargas
- Responsável por Pasadena é apenas Cerveró, diz Costa
A Polícia Federal (PF) cumpre nesta sexta-feira (22), no âmbito da Operação Lava Jato, 11 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de condução coercitiva, em sua sexta fase de diligências ostensivas. Todos os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, e envolvem pessoas de empresas ligadas ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal.
As medidas foram requeridas ao juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba pelos integrantes da Força Tarefa do Ministério Público Federal (MPF), em trabalho conjunto com a PF, e abrange o núcleo de empresas vinculadas a Paulo Roberto Costa e seus familiares.
A Gazeta do Povo apurou que a condução coercitiva é de Marcelo Barboza Daniel, sócio do genro de Paulo Roberto, que teria emprestado R$ 1,9 milhões ao ex-diretor. Ele está fora do país, em viagem aos aos Estados Unidos. Mas, segundo fontes ouvidas pela reportagem, já foi localizado e se comprometeu a prestar depoimento quando retornar ao Brasil.
Segundo o MPF, após decisão judicial que determinou o afastamento do sigilo fiscal de Costa e de membros da família dele, ficou constatado o empréstimo feito ao ex-diretor da estatal por Barboza Daniel, que agora passa a ser mais um investigado pela operação. Ele também teria doado R$ 1 milhão a Humberto Sampaio de Mesquita, genro de Paulo Roberto Costa, em 2012.
Diante disso, Barboza Daniel e empresas constituídas em seu nome passaram a ser objeto de investigação pelo MPF. Ao longo dos trabalhos, o órgão constatou que diversas empresas de consultoria de Marcelo Barboza Daniel e de Humberto Sampaio de Mesquita - sendo uma de sociedade comum entre ambos - seriam sediadas no mesmo endereço e seus clientes consistiriam, basicamente, em construtoras contratadas para a realização de obras pela Petrobrás e empresas do setor petroquímico. Assim, o suposto empréstimo e a doação já referidos poderiam servir para justificar o repasse de valores de propina para Paulo Roberto Costa.
Operação Lava Jato
A operação Lava Jato desarticulou uma quadrilha comandada por doleiros, entre eles Alberto Youssef, e o ex-diretor da Petrobras. O esquema é acusado de realizar lavagem de dinheiro e corromper serviços públicos, entre outros problemas. Os mandados que estão sendo cumpridos hoje são para apurar suspeitas de envolvimento do grupo criminoso com contratos da Petrobras.
Por que a direita brasileira vê na eleição de Trump um impulso para o seu plano em 2026
Bolsonaro prevê desafios para Lula, seja com vitória de Trump ou Kamala; assista ao Entrelinhas
Trump e Kamala empatam na primeira urna apurada nas eleições dos EUA
As eleições nos EUA e o antiamericanismo esquerdista
Deixe sua opinião