A Polícia Federal informou nesta segunda-feira que vai pedir ao Ministério da Defesa a lista dos nomes dos supervisores e dos controladores de vôo das torres dos aeroportos de Brasília, Manaus e São José dos Campos, responsáveis pelas linhas em que trafegavam o Boeing 737-800 da Gol e o jato Legacy 600 da americana Excel Aire, que se chocaram no ar no dia 29 de setembro sobre a Serra do Cachimbo, no norte do Mato Grosso, matando todas as 154 pessoas que estavam a bordo do Boeing, na maior tragédia da aviação comercial brasileira.
Depois de receber as listas com os nomes, a PF deve intimar os supervisores e controladores de vôo para depor. O delegado Renato Sayão, responsável pelas investigações, também pedirá uma degravação das comunicações de rádio e telefone feitas entre os controladores de vôo no dia do acidente.
Operação de resgate
E a cada dia que passa fica mais difícil a localização do cilindro da caixa-preta (que contém o registro de voz da tripulação) do Boeing da Gol e o resgate das últimas quatro vítimas da tragédia.
Na manhã desta segunda-feira, dezenas de militares voltaram para a mata levando os cães farejadores. Com a chuva dos últimos dias e a renovação natural da floresta, diminuem as chances de encontrar o cilindro de voz dos pilotos do Boeing. O comando da operação suspeita que o equipamento esteja enterrado.
As dificuldades das equipes de resgate de encontrar os últimos quatro corpos têm levado pessoas que ajudam na operação da Força Aérea a desempenhar tarefas especiais para tentar dar conforto às famílias das vítimas, principalmente das que ainda estão desaparecidas.
Carpinteiros da fazenda Jarinã estão construindo uma pequena capela que vai abrigar a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Neste domingo, padres e militares levaram a padroeira do Brasil até o local do acidente. Em uma cerimônia rápida na clareira, os religiosos abençoaram a imagem e pediram proteção às famílias e às vítimas do desastre.
Neste domingo, o Instituto de Medicina Legal (IML) de Brasília identificou o corpo de Maria Terezinha Eboli Botelho Benjamin, de 63 anos, do Rio de Janeiro. A identificação foi feita pela arcada dentária e, com isso, sobe para 149 o número de vítimas oficialmente reconhecidas. ( Confira a lista das pessoas identificadas ).
Segundo informações do IML, nesta quarta-feira deve sair o resultado de identificação por exame de DNA de mais um corpo, o único que ainda não foi identificado entre os 150 já resgatados.
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