O pedido de afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi visto no Planalto como uma cartada importante para virar o jogo do impeachment. Para o núcleo político do governo, se o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), a presidente Dilma Rousseff terá mais garantias de que o rito do impedimento não será manipulado.
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Embora o Planalto tenha sofrido um revés com o voto do ministro do Supremo Edson Fachin – contrário à possibilidade de o Senado barrar a instauração de impeachment aprovado pela Câmara –, o pedido de afastamento de Cunha foi comemorado. À noite, Dilma se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e José Eduardo Cardozo (Justiça), além do presidente do PT, Rui Falcão, no Palácio da Alvorada, para avaliar o agravamento da crise política e a estratégia de defesa.
“Não conseguirão nada atacando minha biografia”, disse Dilma. “Sou uma mulher que lutou, amo o meu País e sou honesta. O mais irônico é que muitos dos que querem interromper o meu mandato têm uma biografia que não resiste a uma rápida pesquisa no Google”, afirmou ela, numa alusão a Cunha.
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