O plano de carreira que dará aumento aos servidores do Senado Federal poderá gerar um custo extra de até R$ 220 milhões para os cofres da Casa ainda neste ano, segundo estimativa do diretor-geral, Haroldo Tajra. Uma nova versão do projeto foi apresentada nesta terça-feira (22) e deve ser votada já nesta quarta-feira (23) na Mesa Diretora.
Segundo Tajra, o impacto da nova versão é maior do que a proposta feita anteriormente. Essa proposta antiga não prosperou porque não houve unanimidade na Mesa.
"Há um pequeno aumento do impacto para 2010, de 8,5% para 9,4% da folha. O impacto é de cerca de R$ 200 a R$ 220 milhões", afirmou Tajra.
A Mesa Diretora vai discutir o projeto nesta quarta-feira, mas em uma reunião nesta tarde alguns senadores já deram aval à proposta, que conta com o apoio de sindicatos que representam os servidores. Após a aprovação, será aberto um prazo para apresentação de emendas antes da votação em plenário. A previsão é que a votação em plenário aconteça até quinta-feira (24).
Pela programação, o plano de carreira do Senado será votado antes da prometida reforma administrativa, que cortaria gastos da Casa. O Senado recontratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para realizar a reforma e uma nova versão já foi entregue para o relator da reforma, Tasso Jereissati (PSDB-CE). O tucano, no entanto, ainda não apresentou seu relatório sobre o tema em uma subcomissão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que analisa o tema.
Segundo o diretor-geral, além de dar aumento para os servidores, o projeto extingue algumas funções comissionadas, espécie de gratificação dada a alguns funcionários que ocupam cargos de comando.
O primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI), destacou que está previsto no plano ainda a desvinculação entre os subsídios dos parlamentares e as funções comissionadas. Atualmente, sempre que há aumento para os senadores as funções são reajustadas.
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