O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse nesta quarta-feira (21) ter "convicção" de que o partido pode vencer as eleições presidenciais em 2010, quando termina o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tanto com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, quanto com o governador de São Paulo, José Serra.

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"Temos a convicção de que podemos ganhar a eleição com Aécio Neves ou com José Serra", disse o presidente do partido em entrevista em Minas Gerais após reunião com Aécio. As informações foram passadas pela assessoria do governo mineiro.

Segundo Guerra, o candidato do PSDB será escolhido no segundo semestre. Ainda não se sabe, no entanto, qual será a forma de escolha.

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"Haverá duas alternativas. Uma, a primeira, de entendimento entre nossos potenciais candidatos. Segundo, na falta desse entendimento, uma prévia aberta, aceita, tranqüila, de todos nós para escolha de um candidato." O PSDB fez uma consulta ao TSE para saber as regras para realização das prévias.

Serra e Alckmin

O tucano foi questionado sobre a aproximação de Serra com o ex-governador tucano Geraldo Alckmin, que na segunda (19) foi anunciado secretário de Desenvolvimento estadual.

Guerra negou que o fato signifique uma tentativa de isolar Aécio Neves e disse que a reunião com o governador mineiro havia sido agendada anteriormente.

"Não há nenhuma tentativa de isolar ninguém, muito menos o governador de Minas Gerais que não depende disso. É uma tentativa [a nomeação de Alckmin], uma tentativa não, uma ação unificadora do PSDB de São Paulo que é muito importante para o PSDB no geral e no PSDB geral estão também, e com grande importância situados, aqueles que representam o PSDB de Minas Gerais."

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Aécio disse que, na reunião, foram tratados temas nacionais, como a economia brasileira e a crise, as expectativas em relação à posse de Obama e também questões partidárias. Ele afirmou que o encontro não tinha "pauta definida" e afirmou que o presidente do PSDB tem tido uma postura de "absoluto equilíbrio".

Sérgio Guerra também negou haver um "clima tenso" entre Serra e Aécio. "Não há essa questão de clima, não há essa questão de confronto, 90% disso é total fantasia", respondeu.

Segundo ele, não há temor de que Aécio deixe o PSDB. "Os eleitorados de Minas Gerais e de São Paulo são decisivos para o PSDB, para qualquer partido brasileiro. O que nós queremos, desejamos e cultivamos é que a ação desses eleitorados seja compatível e que a gente tenha a maioria do eleitorado de Minas Gerais e a maioria do eleitorado de São Paulo com um único candidato, para a gente ganhar a eleição."