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A polícia afirma já ter elementos suficientes para pedir a prisão temporária da advogada Carla Cepollina, namorada do coronel da reserva e deputado estadual Ubiratan Guimarães. Porém, segundo o delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o pedido não será feito porque Carla não oferece obstáculos ao inquérito policial.

- A investigação já está na fase conclusiva e mostra que não há necessidade de pedir prisão temporária - afirma.

Apesar de estar próximo de concluir o inquérito, o delegado diz que prefere não falar em suspeitos do assassinato de Ubiratan.

- Estamos trabalhando em cima de um objeto de investigação - afirma.

Segundo ele, a primeira fase das investigações deve terminar na próxima semana.

- Precisamos dar um ou dois passos para concluir o inquérito - afirma.

Advogada pretendia deixar o país

Nesta quinta-feira, após denúncia de que Carla pretendia deixar o país, a polícia pediu a ela que entregasse o passaporte. Carla tem até às 10h desta sexta-feira para entregar o documento. Segundo o advogado da família de Ubiratan, Vicente Cascione, Carla tem dupla cidadania e estaria se mobilizando para viajar para a Itália.

- Recebi essa informação na manhã de hoje (quinta-feira). Levei o caso para a polícia, para que alguma coisa fosse feita. Ela não pode deixar o país - diz Cascione.

De acordo com o advogado, a advogada já teria até escolhido a cidade onde ficaria: Gênova. A mãe de Carla, a também advogada Liliana Prinzivalli, nega que a filha pretendesse sair do país e diz que entregou o passaporte à polícia por vontade própria.

- Em troca desse passaporte vou exigir que todas as outras pessoas também sejam investigadas - afirma.

"Carla é 100% suspeita", diz advogado

Cascione reafirmou nesta quinta que todas as evidências indicam que Carla é a autora do tiro que matou o coronel.

- Ela é 100% suspeita. Vai ter que se explicar à polícia. Somente ela foi vista momentos antes do coronel morrer. Não existe outro suspeito - diz o advogado.

Segundo Liliana, sua filha saiu da casa de Ubiratan por volta das 20h, pela porta social e levando a chave. Para ela, só há três hipóteses para o crime: "Ou alguém entrou no apartamento do coronel depois que a Carla saiu, ou já estava lá quando chegaram, ou foi alguém que mora no prédio".

Liliana diz que soube, por um conhecido, que no prédio de Ubiratan haveria um garoto que parecia ter amizade com o coronel. Segundo a advogada, Carla não foi à casa do coronel no domingo porque sabia que ele iria a uma comemoração de um amigo, em Cotia, na Grande São Paulo.

- Toda vez que ele viajava costumava telefonar várias vezes para Carla - diz.

Liliana diz ainda que, no domingo à noite, quando amigos do coronel foram pedir a chave do apartamento dele para Carla, a filha não foi junto porque já era muito tarde.

- Eu mesma falei para não ir, porque quando ele chegasse em casa ia ligar - conta.

De acordo com Liliana, Carla não aumentou o volume da música que ouvia na casa do coronel quando a delegada de Polícia Federal Renata Madi ligou, no sábado à noite.

- A Carla tem o costume de ligar o som porque em casa sempre fizemos isso. Ela só deixou o telefone perto do aparelho porque foi avisar Ubiratan que a mesma pessoa que ele não queria atender estava ligando novamente - diz.

Ainda segundo a mãe, Carla teria pedido a Renata para ligar depois, porque naquele momento ele não podia falar.

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