Treze dias após a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, no dia 23 de junho, quatro agentes da Polícia Legislativa do Senado, chefiados por Geraldo César de Deus Oliveira, um dos presos nesta sexta-feira (21) na Operação Métis, desembarcaram em Curitiba, com passagens pagas pelo Senado, para efetuar uma varredura no apartamento da senadora paranaense Gleisi Hoffmann (PT), alvo de busca e apreensão na operação que prendera seu marido. Há um ano, em outubro de 2015, Geraldo Oliveira e o policial Antônio Santos Neto fizeram um treinamento de contraespionagem em Atlanta, nos Estados Unidos.
“Fiquei preocupada porque não sei quem entrou na minha casa”, diz Gleisi, sobre atividade policial
Leia a matéria completaNos registros do portal da Transparência do Senado, no dia 5 de julho de 2016, Geraldo Oliveira e outros três agentes voaram para Curitiba e retornaram no dia 6, recebendo duas diárias de R$ 1,1 mil cada um. No campo da missão de Atlanta, no ano passado, o portal diz “ Treinamento de contramedidas de vigilância técnica”. Os dois agentes da Polícia Legislativa foram no dia 29 de outubro e retornaram ao Brasil no dia 22 de novembro, quase um mês depois.
No campo de especificação da missão a Curitiba, esse ano, o portal menciona a Secretaria de Polícia Legislativa e apenas a sigla “CMVT”, iniciais que indicam que seriam contramedidas de vigilância técnica.
No período de 2015 a 2016 não há registro de viagens dos outros policiais presos para destinos fora de Brasília, onde os senadores Lobão Filho e José Sarney (Maranhão) e Fernando Collor (Alagoas). Há registros de passagens para Pedro Carvalho para cursos em São Paulo. Esses senadores entretanto, tem residência também em Brasília.
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