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Beto Richa: deputado Fabio Camargo também será processado pelo PSDB | SMCS
Beto Richa: deputado Fabio Camargo também será processado pelo PSDB| Foto: SMCS

Em depoimento, Gardolinski isenta Beto Richa e nega compra de apoio

O coordenador do Comitê Lealdade de dissidentes do PRTB, Alexandre Gardolinski, descartou ontem em depoimento qualquer envolvimento do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), no caso que levantou suspeitas de compra de apoio político e de caixa dois na campanha tucana do ano passado.

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O prefeito de Curitiba, Beto Richa, afirmou ontem que o PSDB, seu partido, irá processar a TV Educativa (TVE) por entender que a legenda e ele próprio estariam sendo alvos de constantes "ataques" da emissora mantida pelo governo estadual. A reclamação de Richa se refere especificamente a um programa de entrevistas da TV Educativa na qual foram abordadas as suspeitas de tentativa de compra de apoio político e de caixa 2 na campanha de reeleição do tucano no ano passado.

Em um programa da TV Educativa exibido na última terça-feira, o deputado estadual Fabio Camargo (PTB), candidato derrotado à prefeitura no ano passado, concedeu uma longa entrevista falando sobre o caso. No mesmo dia, o parlamentar já tinha dito, em discurso na Assembleia, que "a eleição foi roubada" e que Richa sabia da suposta compra de apoio de ex-candidatos a vereador pelo PRTB para apoiar a campanha tucana. O PTB e o PRTB formalmente estavam coligados na eleição municipal de 2008.

"É lamentável usar uma televisão pública, mantida com dinheiro do povo, para agredir adversários políticos", declarou Richa. "Há algum tempo, o governador já foi proibido pela Justiça de atacar seus adversários usando a Educativa. E estamos requerendo isso novamente (a proibição de a emissora atacar adversários)." O prefeito afirmou ainda que, além da emissora, o PSDB irá processar o jornalista da TV Educativa que fez a entrevista e Fabio Camargo.

As declarações de Beto Richa foram feitas durante solenidade em que assinou o edital de licitação para a construção de piscinas públicas na Regional da CIC. Richa discursou em tom de desabafo e voltou a se defender da denúncia de suposta prática de caixa 2 na sua campanha de reeleição.

Richa mais uma vez se disse vítima da inveja dos adversários políticos, que estariam tentando destruir o seu trabalho à frente da administração municipal. O prefeito, no entanto, se esquivou das perguntas da imprensa e se limitou a dizer que já fez o que tinha de ser feito em relação ao caso, colocando-se à disposição da Justiça para prestar quaisquer esclarecimentos.

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Presente ao evento em que Beto Richa anunciou a ação contra a TV Educativa, o deputado estadual Mauro Moraes (PMDB) fez coro ao discurso do prefeito e declarou que "o líder que apanha cresce ainda mais". Apesar de ser membro do PMDB do governador Roberto Requião, Moraes se portou como aliado do prefeito tucano durante toda a cerimônia. "Todo homem que vence com inteligência tem contra si pessoas que querem subir pela inveja, mas essas pessoas não vão conseguir te difamar", afirmou Moraes.

O outro lado

A reportagem da Gazeta do Povo ontem procurou o diretor-presidente da TV Educativa, Marcos Antônio Batista, para que ele se pronunciasse sobre a ameaça de o PSDB processar a emissora. No entanto, Batista não foi encontrado para comentar o assunto.

Já o deputado estadual Fabio Camargo (PTB), que deve ser processado pelo PSDB por fazer supostos "ataques" a Beto Richa, disse ontem que "o prefeito não tem autoridade moral e jurídica" para processá-lo e que, portanto, estaria se escondendo atrás de seu partido para entrar na Justiça.

Camargo novamente afirmou ter convicção pessoal de que Richa tinha conhecimento da suposta tentativa de compra do apoio dos dissidentes do PRTB, que prejudicou a sua campanha no ano passado. Disse ainda que estava esperando que o prefeito ligasse para ele e se desculpasse pelo que seus aliados fizeram durante a eleição. Mas, como isso não aconteceu e Richa defendeu em entrevista à Band News o coordenador do comitê de dissidentes do PRTB, Alexandre Gardolinski, concluiu então que o prefeito sabia de tudo.

Colaborou Karlos Kohlbach

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