| Foto: Moreira Mariz/Moreira Mariz/Agência Senado

Antes de entrar na reunião da bancada do PP que discute a expulsão do deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que exerce interinamente a presidência da Casa, da legenda, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que pessoalmente é contra a medida.

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Para Ciro Nogueira, Maranhão já reviu o seu ato, revogando-o na noite de ontem. O presidente nacional do PP disse que irá ouvir a opinião da bancada e que também não vê como é possível destituir Maranhão do cargo de vice-presidente da Câmara.

“Eu não sou muito de tripudiar e não defendo a expulsão ( da legenda). Ele já reviu a decisão ontem. Mas vamos ver o que a bancada na Câmara está discutindo”, disse Nogueira.

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Ele acrescentou: “Não vejo como destituir o Maranhão do cargo. Ele foi eleito para a vaga.

Sem conversar com o partido e por influência dos integrantes e apoiadores do governo Dilma Rousseff, Waldir Maranhão assinou ontem ato anulando a votação do impeachment na Câmara. O ato foi duramente criticado pela maioria dos partidos na Casa e só respaldado pelos partidos que apoiam Dilma.

Maranhão foi fortemente pressionado pelo PP a rever e revogar o ato, para que o processo de expulsão da legenda perca força.

A bancada do PP discute o pedido de expulsão feito pelo deputado Júlio Lopes (RJ), mas a expulsão não é consenso na bancada. Muitos, como Nogueira, argumentam que Maranhão reviu o ato.

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Segundo interlocutores do PP, Maranhão acreditou na palavra do o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e do governador do Maranhão, Flávio Dino, de que a decisão estava correta do ponto de vista jurídico e seria acatada por Renan. Mas diante da reação de Renan, acabou cedendo aos apelos dos colegas de partido e revogou o ato.

“Ele é humilde, reconheceu o seu erro. Quis buscar uma solução”, disse um deputado do PP, contrário à expulsão do colega da legenda.

Neste momento, integrantes da Mesa Diretora estão reunidos para tentar encontrar uma alternativa regimental que permita tirar Maranhão do cargo. A articulação também conta com o respaldo de líderes partidários que entendem que Maranhão não tem condições de permanecer no cargo e conduzir as votações na Casa.