Preocupado com o agravamento da crise no Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou com assessores que o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), resumiu muito bem a percepção do governo sobre as ações de tucanos e democratas no Congresso ao afirmar que a oposição era "minoria com complexo de maioria". A frase de Renan foi dita durante bate-boca no plenário com Tasso Jereissatti (CE), na quinta-feira.
Embora considere "lamentável" a troca de insultos entre os senadores, Lula avalia que os adversários adotam a "tática da muvuca" e agem como se tivessem mais votos. Renan é o chefe da tropa de choque montada para socorrer o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e também já foi apoiado por Lula, em 2007 quando acabou renunciando à presidência do Senado para escapar da cassação.
O governo quer a permanência de Sarney, mas Lula tem seguido à risca a estratégia de não mais mexer nesse vespeiro em público, para evitar desgaste.
Faz exatamente oito dias que o presidente não fala sobre a crise. Na tentativa de evitar que o terremoto político contamine o governo, ministros repetem como um mantra que "a crise é do Senado". Na prática, porém, o Planalto está apreensivo com os efeitos colaterais da febre na Casa presidida por Sarney.
"É triste o que está acontecendo no Senado. A situação se complicou de novo e a temperatura está muito alta", afirmou o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
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