Para evitar atrasos no julgamento da ação penal do mensalão, o Ministério Público Federal (MPF) deve optar pela abertura de uma ação independente para apurar suspeitas de que o Fundo Visanet, com participação do Banco do Brasil, teria sido uma das principais fontes de financiamento do esquema.
Relatório final da Polícia Federal (PF) revelado pela revista Época no fim de semana confirma a existência do mensalão e sustenta, entre outros fatos, que políticos e um segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam recebido dinheiro do esquema. Na avaliação do Ministério Público, se as apurações reveladas no relatório da PF fossem anexadas ao processo do mensalão, poderiam ocorrer atrasos no julgamento da ação, que já teve uma instrução bastante complicada por causa do excesso de réus e testemunhas.
O mensalão do PT já deu origem a duas ações penais distintas. A mais importante delas envolve os 38 réus do mensalão, incluindo o empresário Marcos Valério, os ex-deputados José Dirceu (PT), José Genoino (PT) e Roberto Jefferson (PTB). Na segunda ação penal, Genoino, Valério e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares respondem à acusação de terem assinado empréstimos fraudulentos com o BMG. Essa ação foi remetida para a primeira instância, pois Genoino, o único réu com foro privilegiado, não conseguiu ser reeleito.
Se o MP, com base nas novas provas, oferecer denúncia contra os envolvidos e o STF concordar, será aberta a terceira ação penal do mensalão. O relatório da PF revelado agora relaciona o nome de seis políticos que não são réus na ação do mensalão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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